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Ciência e Saúde
14/09/2012 08:49:58
Mato Grosso do Sul perdeu quase um terço dos leitos hospitalares em apenas seis anos
Um estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgado nesta quinta-feira (13) revela que MS perdeu 1.468 leitos de outubro de 2005 a junho de 2012.

Midiamax/LD

\n \n Mato Grosso do Sul é o campeão nacional em redução no número de\n leitos hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS). Um estudo do Conselho\n Federal de Medicina (CFM) divulgado nesta quinta-feira (13) revela que MS\n perdeu 1.468 leitos de outubro de 2005 a junho de 2012.\n \n O número representa uma diminuição denbsp;quase um terço do total\n no período de seis anos. Na prática, o dado representa que há menos vagas para\n internações em MS.\n \n No Brasil, a redução foi de 10,5% no mesmo período. O levantamento\n do CFM foi feito com base nos dados apurados junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos\n de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde.\n \n Depois de Mato Grosso do Sul aparece o estado da Paraiba, que\n perdeu 19,2% no número de leitos, e Rio de Janeiro, que teve redução de 18%. Os\n estados mais novos e remotos, como Roraima, Rondônia e Amapá, registraram\n processo contrário, com aumento no total de leitos hospitalares registrados\n oficialmente junto ao SUS.\n \n Para os médicos, a diminuição é causada pelo ‘subfinanciamento’ da\n saúde e pela falta de políticas públicas eficientes. Segundo o presidente do\n CFM, Roberto Luiz d’Ávila, “os gestores simplificaram a complexidade da\n assistência à máxima de que ‘faltam médicos no país’. Porém, não levam em\n consideração aspectos como a falta de infraestrutura física, de políticas de\n trabalho eficientes para profissionais da saúde, e, principalmente, de um\n financiamento comprometido com o futuro do Sistema Único de Saúde”.\n \n O Ministério da Saúde afirma que as reduções são reflexo de\n mudanças no perfil do atendimento do SUS e seguem tendência mundial. Os avanços\n em equipamentos e em medicamentos permitem o tratamento sem necessidade de\n internação do paciente, segundo o órgão.\n \n Para a revista semanal Veja, o Ministério da Saúde disse que não\n reconhece o levantamento do CFM “como pesquisa válida”, porque não foram avaliados\n os parâmetros ano a ano e deixaram de ser considerados os leitos remanejados,\n programas de qualificação profissional, aumento de atendimentos ambulatoriais e\n programas de centros substitutivos.\n \n Mesmo assim, o Governo reconhece uma redução de 17.000 leitos nos\n cadastros do SUS. “A queda, no entanto, é compensada pelo avanço em políticas\n para ampliação de centros substitutivos, como as casas da gestante e as\n Unidades de Pronto-atendimento (UPAs)”, disse o Ministério à revista.\n \n Os\n dados apurados diretamente no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde\n (CNES), do Ministério da Saúde, são disponíveis pelo endereço eletrônico http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?cnes/cnv/leiintbr.def.\n \n \n \n \n