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Ciência e Saúde
20/07/2012 12:00:08
Ministério da Saúde amplia assistência para transplante de rim
A partir de agora, todos os hospitais habilitados para realização da cirurgia poderão usar o medicamento imunoglobulina em pacientes que apresentarem rejeição do órgão após a cirurgia.

Da assessoria/SF

\n \n O Ministério da Saúde\n está dando mais um passo para a expansão do transplante de rim no país. A\n partir de agora, todos os hospitais habilitados para realização da cirurgia\n poderão usar o medicamento imunoglobulina em pacientes que apresentarem\n rejeição do órgão após a cirurgia.

Esta iniciativa possibilita uma rápida\n recuperação, além da melhoria na qualidade de vida do paciente. A medida consta\n da Portaria n° 666, que cria o Protocolo Clínico e as Diretrizes Terapêuticas –\n Imunossupressão no Transplante Renal, publicada nesta sexta-feira (20), no\n Diário Oficial da União (DOU).
\n \n Outra novidade é a\n incorporação do exame C4d na tabela de procedimentos, que possibilita a\n identificação da rejeição aguda provocada por anticorpo no organismo do\n transplantado. Quando identificada, logo após a cirurgia, o paciente passa a\n ser medicado com imunoglobulina o que aumenta as chances do órgão transplantado\n se adaptar ao organismo do paciente. Para isso, o Ministério da Saúde\n destinará, anualmente, R$ 10 milhões a mais para aquisição do medicamento e\n para a realização do exame.
\n \n Segundo o secretário\n Nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, esta medida significa uma\n ampliação na assistência ao paciente que necessita desses serviços por meio do\n Sistema Único de Saúde (SUS). “Cerca de 30% dos transplantes de rim realizados\n podem apresentar rejeição. Quanto mais cedo identificarmos esse problema,\n melhor será a recuperação do paciente”, pondera.
\n \n O medicamento estará\n disponível a partir de agostoem toda rede, afirma o secretário. “Com a\n publicação do protocolo, serão tomadas as providências para inclusão do exame\n C4d na tabela do SUS e o fornecimento da imunoglobulina para os pacientes que\n apresentem falência ou rejeição de transplante de rim”, acrescenta.
\n \n TRANSPLANTE - Estima-se que para\n 2012, sejam realizados 5.236 transplantes de rim, no SUS, 15% a mais que em\n 2011 (4.553 procedimentos). Levando em consideração esse dado, calcula-se que\n 1.571 dos pacientes podem apresentar rejeição aguda ao órgão recebido.
\n \n A incorporação destas\n novas medidas possibilita aos pacientes o acesso ambulatorial ao medicamento e\n ao exame, garantindo maior eficácia do transplante.

\n \n INVESTIMENTOS – Em abril, o\n Ministério da Saúde aumentou em até 60% o repasse de recursos para ampliação do\n número de transplantes no SUS. O impacto para 2012 é de R$ 217 milhões.
\n \n Os hospitais que fazem\n transplante de rim ainda terão um reajuste específico de 30% para estimular a\n realização dos procedimentos e a redução do número de pessoas que aguardam pela\n cirurgia.
\n \n O valor pago para\n transplantes de rim de doador falecido sobe de R$ 21,2 mil para R$ 27,6 mil.\n Nos casos de transplante de rim de doador vivo, o valor passa de R$ 16,3 para\n R$ 21,2 mil.

\n \n RECORDE – Em 2011, o Brasil\n atingiu recorde mundial de transplantes no sistema público de saúde. No ano\n passado, foram realizadas mais de 23 mil transplantes no Brasil. Com relação ao\n número de pessoas à espera de cirurgia, houve redução de 23% em 2011 em relação\n a 2010. Para o transplante de rim houve uma redução de 14%.
\n \n O Brasil, pela\n primeira vez, ultrapassou o número de 10 doadores por milhão de habitantes.\n Atualmente, a média é de 11,4 doadores por milhão. Em 2003 esse número era de\n cinco por milhão.

\n \n Entretanto, o\n secretário Helvécio Magalhães considera ser necessário ampliar o número de\n doadores e adotar medidas e ações para incentivar que os hospitais façam\n transplantes, criem políticas que beneficiem o paciente. \n \n \n \n \n