Ciência e Saúde
14/06/2012 09:00:00
Ministério quer usar redes sociais para conscientizar doadores
O Ministério da Saúde quer aumentar o número de doadores regulares de sangue no país dos atuais 2% da população para 3%, patamar recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Agencia Brasil/PCS
\n \n O\n Ministério da Saúde quer aumentar o número de doadores regulares de sangue no\n país dos atuais 2% da população para 3%, patamar recomendado pela Organização\n Mundial da Saúde (OMS). Para isso, a ideia é aproveitar as ferramentas das\n redes sociais para cadastrar potenciais doadores e direcionar essas pessoas aos\n hemocentros mais próximos. De acordo com o ministro Alexandre Padilha, o banco\n virtual criado pelo ministério no Facebook,\n em novembro de 2011, já conta com mais de 7 mil doadores voluntários e o\n objetivo é dobrar esse número, alcançando 15 mil até o fim do ano.\n \n Vamos conectar esse banco virtual\n com cada hemocentro do país, que poderá fazer uma busca ativa dos doadores\n cadastrados. Quando seus estoques estiverem reduzindo, o hemocentro pode mandar\n mensagem aos doadores para que eles venham doar sangue naquela cidade, naquele\n estado, explicou Padilha hoje (16), no Rio de Janeiro, após doar sangue no\n Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio). O ato marcou o Dia Mundial do\n Doador Voluntário.\n \n O ministro destacou que o Brasil\n conta com 36 polos de hemocentros e mais de 300 hemocentros públicos. Ele\n também ressaltou que os meses de junho e julho são considerados os mais\n críticos em relação aos estoques de sangue, quando são registradas reduções de\n até 25% nas doações. São meses de férias, de inverno e de chuva em várias\n regiões. Nossas campanhas em locais abertos também ficam comprometidas,\n explicou. Padilha acrescentou que o procedimento é totalmente seguro tanto para\n os doadores quanto para quem recebe sangue. \n \n O secretário estadual de Saúde,\n Sérgio Côrtes, que acompanhou o ministro na ação de hoje, enfatizou que as\n doações servem não só para suprir as necessidades em casos de acidentes, mas\n também para abastecer hospitais da rede pública e contratados pelo Sistema\n Único de Saúde (SUS).\n \n As pessoas costumam associar a\n necessidade de doação apenas à ocorrência de acidentes, mas há também pacientes\n que fazem tratamento de câncer e de outras doenças em que há necessidade de\n transfusão o tempo todo. Então, é fundamental que essa doação ocorra os 365\n dias do ano, disse.\n \n O consultor de empresas André Luiz\n Ribeiro, de 37 anos, esteve hoje no Hemorio para doar sangue pela décima vez. Segundo\n ele, o ato deveria ser rotina para todos os brasileiros. É dever de todo o\n cidadão a partir do momento que ele tem condições físicas para isso. Não\n precisamos esperar que haja esse tipo de campanha, mas todo mundo deveria fazer\n isso sempre que puder. É uma forma de ajudar o próximo, ressaltou.\n \n O Ministério da Saúde investiu, no\n ano passado, R$ 380 milhões na rede de sangue e hemoderivados no país. Para\n este ano, está previsto investimento no valor de R$ 580 milhões.