Ciência e Saúde
10/10/2012 09:14:26
MS irá avaliar uso e acesso a medicamentos entre a população
O Ministério da Saúde irá promover uma pesquisa inédita para avaliar o impacto e a efetividade das políticas públicas de medicamentos no Brasil.
Portal da Saude/LD
\n \n O\n Ministério da Saúde irá promover uma pesquisa inédita para avaliar o impacto e\n a efetividade das políticas públicas de medicamentos no Brasil. O estudo, que\n será realizado em parceria com 11 universidades federais e a Organização\n Pan-Americana de Saúde (OPAS), vai traçar uma radiografia sobre o consumo e o\n acesso a medicamentos entre a população brasileira.\n \n O\n principal objetivo é coletar dados e indicadores para priorizar os rumos\n estratégicos da Polícia Nacional de Assistência Farmacêutica no Sistema Único\n de Saúde (SUS). O Brasil está entre os 10 países que mais comercializam\n medicamentos. Por ano, o ministério investe R$ 9 bilhões na compra de remédios\n que são distribuídos pelo SUS.\n \n Denominado\n Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de\n Medicamentos (PNAUM), a avaliação vai expressar o acesso e o uso da população\n aos medicamentos, caracterizando as condições de saúde de seus usuários e de\n que forma são acessados. O estudo será dividido em dois componentes - inquérito\n e serviço -nbsp; e também levará em consideração as variáveis demográficas,\n sociais, estilo de vida e morbidade dos participantes.\n \n A\n pesquisa vai nos ajudar a fortalecer a política de assistência farmacêutica no\n país e seus resultados irão permitir um melhor direcionamento das ações,\n garantindo cobertura mais ampla e eficaz dos medicamentos fornecidos pelo SUS,\n explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.\n \n Coordenada\n pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da\n Saúde, o estudo será aplicado em 35 mil residências de todos os estados\n brasileiros. Farão parte da amostra 300 municípios brasileiros.\n \n Para\n o pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Sotero\n Serrate Mengue -nbsp; responsável pelo componente inquérito da pesquisa - a\n avaliação vai permitir identificar o que, de fato, as pessoas estão precisando.\n Vamos ter uma ideia se o que falta são medicamentos ou se é necessário criar\n uma política pública para ajudar a prescrição e o uso racional dos remédios já\n ofertados, explicou. De acordo com o professor, devido ao detalhamento e a\n escala, a pesquisa representa um ponto de partida para reestruturação da\n política de medicamentos no país.\n \n SERVIÇO - O segundo componente da pesquisa vai\n avaliar o serviço prestado à população na Atenção Básica e o espaço onde o\n medicamento é prescrito: as unidades básicas de saúde e seus diferentes atores.\n Para essa etapa, serão entrevistadas quatro mil pessoas, 380 unidades, 800\n profissionais de saúde e 135 coordenadores da assistência farmacêutica nos\n municípios. O questionário vai coletar informações sobre como é o atendimento\n prestado ao paciente, desde a prescrição e retirada do medicamento até o\n acompanhamento durante o tratamento nas unidades de saúde. Também serão\n analisadas as receitas médicas quanto à qualidade, letra, posologia e\n prescrição racional do uso do medicamento.
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\n O conjunto dessas variáveis vai nos mostrar que tipo de assistência existe nas\n diferentes comunidades. A partir destes dados, vamos analisar quais são os\n fatores que atuam, piorando ou melhorando o acesso aos medicamentos, explica a\n coordenadora desse componente da pesquisa da Universidade Federal de Minas\n Gerais, Elza Machado de Melo.nbsp; A pesquisa vai garantir que a política de\n assistência farmacêutica seja mais efetiva, capaz de contemplar a grande\n heterogeneidade brasileira, observa Elza.\n \n Os\n questionários que avaliam o componente serviço começam a ser aplicados ainda em\n novembro e deve durar cerca de três meses. Neste momento as universidades estão\n testando os instrumentos de pesquisa, para torná-los ainda mais rápidos e\n objetivos. Já o componente inquérito começa a ser aplicado no início do próximo\n ano. nbsp;\n \n Os\n resultados da pesquisa serão divulgados até o final de 2013. A expectativa do\n Ministério da Saúde é produzir evidências que permitam alinhar as políticas\n públicas farmacêuticas aos princípios e diretrizes do SUS.\n \n \n \n \n
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\n O conjunto dessas variáveis vai nos mostrar que tipo de assistência existe nas\n diferentes comunidades. A partir destes dados, vamos analisar quais são os\n fatores que atuam, piorando ou melhorando o acesso aos medicamentos, explica a\n coordenadora desse componente da pesquisa da Universidade Federal de Minas\n Gerais, Elza Machado de Melo.nbsp; A pesquisa vai garantir que a política de\n assistência farmacêutica seja mais efetiva, capaz de contemplar a grande\n heterogeneidade brasileira, observa Elza.\n \n Os\n questionários que avaliam o componente serviço começam a ser aplicados ainda em\n novembro e deve durar cerca de três meses. Neste momento as universidades estão\n testando os instrumentos de pesquisa, para torná-los ainda mais rápidos e\n objetivos. Já o componente inquérito começa a ser aplicado no início do próximo\n ano. nbsp;\n \n Os\n resultados da pesquisa serão divulgados até o final de 2013. A expectativa do\n Ministério da Saúde é produzir evidências que permitam alinhar as políticas\n públicas farmacêuticas aos princípios e diretrizes do SUS.\n \n \n \n \n