Ciência e Saúde
09/05/2013 09:00:00
Pesquisadores identificam proteína que reverte efeitos do envelhecimento
Teste de cientistas de Harvard com células-tronco foi feito em ratos; GDF-11 é capaz de reverter o envelhecimento do coração
Terra/PCS
\n \n Cientistas do Instituto de Células-Tronco\n de Harvard identificaram uma proteína presente no sangue de ratos e humanos que\n pode constituir o primeiro tratamento efetivo para uma das formas de\n insuficiência cardíaca relacionada à idade que mais afeta as pessoas. Quando a\n proteína, chamada GDF-11, foi injetada em ratos velhos - que desenvolvem\n paredes do coração mais espessas com o passar do tempo, assim como os humanos -\n os corações tiveram redução no tamanho e espessura, ficando semelhantes aos\n órgãos de animais mais jovens.\n \n A descoberta pode não ser importante apenas\n para o tratamento da insuficiência cardíaca diastólica, mas deve contribuir\n também para o entendimento do processo de envelhecimento -nbsp;talvez até\n reescrevendo toda sua compreensão na literatura médica. Os\n pesquisadoresnbsp;Richard T. Lee (cardiologista) e Amy Wagers (bióloga\n especializada em células-tronco)nbsp;publicaram um artigo relatando a\n descoberta na revista científica Cell.\n \n "A forma mais comum\n denbsp;insuficiência cardíaca (nos idosos) é, na verdade, uma forma que não é\n causada pornbsp;ataque cardíaco, mas está muito relacionada ao envelhecimento\n do coração", afirmounbsp;Wagers. "Nesse estudo, conseguimos mostrar\n que uma proteína que circula no sangue está relacionadanbsp;ao processo\n denbsp;envelhecimento, e se dermos essa proteína a ratos mais velhos,\n conseguimos reverter onbsp;envelhecimento do coração em um curto período",\n garantiu Lee.\n \n Essa descoberta tem um impacto\n "enorme" e "vai mudar a maneira como pensamos sobre\n onbsp;envelhecimento", garantenbsp;Doug Melton, professor\n danbsp;Universidade Harvard.\n \n O cardiologistanbsp;Richard T. Lee\n descreve que tem "300 pacientes agora e acho que aproximadamente 20 deles\n sofrem desse tipo denbsp;insuficiência cardíaca, que costumamos chamar\n denbsp;insuficiência cardíaca diastólica. "Eles vêm ao hospital, têm\n grande quantidade de fluido removido e vão para casa; depois voltam. É\n realmente frustrante porque não temos nenhum remédio para tratar isso.\n Precisamos trabalhar tanto quanto pudermos para saber se essa descoberta pode\n se tornar um tratamento para nossos pacientes mais velhos."\n \n Os pesquisadores estão agora trabalhando na\n transposição danbsp;GDF-11 para estudos clínicos - o que eles estimam que pode\n levar de quatro a cinco anos para começar - e tentam descobrir que outros tipos\n de tecido a proteína pode afetar.\n \n \n