Correio do Estado/LD
A Secretaria Municipal de Saúde emitiu uma nota de imprensa nesta terça-feira (14) negando que exista algum paciente africano isolado no Hospital Universitário, em Campo Grande, com suspeita de ebola.
Conforme a médica infectologista e diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Márcia DalFabro “não há motivos para alarde e preocupação”. Ela alertou que a grande preocupação no momento é com a febre chikungunya, que apresenta maior risco de chegar em Campo Grande.
“Na Capital, assim como em todas as demais cidades brasileiras, existe um protocolo de atendimento e procedimentos a serem seguidos, conforme recomendação do Ministério da Saúde. Se caso houver algum paciente com sintomas, o que acredito ser pouco provável no Brasil, todos os profissionais já estarão preparados para atender com atendimento padrão de segurança e isso inclui notificar a Secretaria de Estado de Saúde”, explicou a diretora.
Ainda conforme a médica, o protocolo a ser seguido em caso de suspeita é o isolamento do paciente e o acionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que encaminhará o paciente ao Centro de Doenças Infecto-Parasitárias, até que possa ser transferido para o centro de referência nacional da doença.
Sem risco de surto
Segundo o Ministério da Saúde desde sua descoberta, em 1976, o vírus tem produzido, ocasionalmente, surtos em um ou mais países africanos, sempre muito graves pela alta letalidade, mas autolimitados. O surto em determinados países ocorre pela precariedade dos serviços de saúde nas áreas em que ocorre a transmissão, que não dispõem de equipamentos básicos de proteção aos profissionais de saúde e aos demais pacientes. Por esse motivo especialistas consideram muito baixa a possibilidade do surto chegar ao Brasil.