Sheila Forato
Os servidores públicos municipais que estão trabalhando nas barreiras sanitárias vão “cruzar os braços” a partir das 6 horas de sábado (26), conforme o Sinsmc (Sindicato dos Servidores Municipais de Coxim). O estado de paralização foi decretado em assembleia extraordinária ocorrida na terça-feira (22).
O presidente do Sinsmc, Paulo Monteiro, explicou que os servidores designados vão continuar indo para as barreiras, porém, não vão mais atuar com abordagens aos veículos, tampouco vão aferir temperatura e cadastrar moradores de outras cidades que entram em Coxim.
Para o sindicato, as barreiras sanitárias já cumpriram seu papel no sentido de ajudar a controlar o Coronavírus (Covid-19) em Coxim. Monteiro alega que a retirada das forças de segurança os servidores passaram a ser hostilizados, em alguns casos sofrem agressões e chegam a ser assediados. Além da falta de segurança, o presidente reclama da frustração da negociação coletiva de trabalho para esses servidores. O sindicato pedia adicional de insalubridade e periculosidade.
Por telefone, o prefeito Aluizio São José (PSB) disse que a intenção era tirar as barreiras após o feriado de outubro, quando Coxim vai receber muitos turistas que procuram o destino para pesca. “As barreiras seriam importantes no sentido de cadastrar todos os visitantes para que a equipe do Covid fizesse o monitoramento dessas pessoas”, lamentou.
A decisão já foi informada a Prefeitura, na manhã de quarta-feira (23), em cumprimento ao prazo legal de 72 horas antes da paralização. Entretanto, o sindicato sinaliza para negociação das pautas reivindicadas com adequação aos interesses das partes.