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Ciência e Saúde
21/09/2012 07:09:59
Setenta e cinco por cento dos portadores de Alzheimer não sabem que têm a doença, aponta relatório
A perda de memória após os 65 anos sempre foi considerada normal, no entanto é preciso levar esse sintoma a sério por ele ser considerado um dos primeiros sinais da doença de Alzheimer.

Correio do Estado/LD

\n \n A\n perda de memória após os 65 anos sempre foi considerada normal, no entanto é\n preciso levar esse sintoma a sério por ele ser considerado um dos primeiros\n sinais da doença de Alzheimer. Segundo relatório da ADI (Alzheimer’s Disease\n International), feito por especialistas do King’s College de Londres e do\n Karolinska Institutet da Suécia, 75% dos portadores de Alzheimer não sabem que\n têm a doença e o diagnóstico demora, em média, 3 anos.\n \n A\n doença degenerativa é a mais comum entre as que atingem o sistema nervoso e só\n no Brasil, segundo a ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer), há mais de 1,5\n milhão de pacientes com a doença. “Ocorre uma perda progressiva de neurônios,\n diminuição de sinapses, receptores e o processo culmina com a morte dos\n neurônios”, explica o neurologista Rodrigo Rizek Schultz, do Núcleo de\n Envelhecimento Cerebral da Universidade Federal de São Paulo (Nudec-Unifesp).\n \n A\n causa da doença ainda não foi idetenficada, mas estudos já comprovaram um\n acúmulo de algumas proteínas anormais no cérebro que seriam as responsáveis\n pela morte celular. “Esse é o foco atual dos estudos e das novas drogas que\n tentam atuar nesse mecanismo que leva a deficiência dos neutrotransmissores”,\n afirma Schultz.\n \n Segundo\n o neurologista da Unifesp, a doença não é considerada hereditária, visto que\n apenas 4% dos casos de Alzheimer foram passados de pai para filho. “O que\n ocorre é uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A interação dos\n genes somados ao sedentarismo e a falta de atividades congitivas, como ler, comentar\n a respeito de um filme e até escrever, podem fazer com que a pessoa desenvolva\n a doença”, determina.\n \n Outros\n fatores de risco já conhecidos são problemas cardiovasculares, hipertensão,\n colesterol alto e tabagismo. “Na realidade a doença começa aos 45/50 anos,mas\n os sintomas só se evidenciam depois dos 65/70. Portanto, procurar hábitos mais\n saúdaveis é uma maneira de prevenir a doença. Só fumar aumenta duas vezes o\n risco de ter Alzheimer”, alerta Schultz.\n \n Tratamento e cuidados\n \n Existem\n dois tipos de tratamento para a doença, que ainda não existe cura, o\n medicamentoso e o não-medicamentoso. O primeiro trata da doneças e de outros\n transtornos que podem surgir como depressão, por exemplo.\n \n Já\n o não-medicamentoso, segundo Schultz, consiste em um acompanhamento com uma\n equipe multidisplinar que não se limita apenas ao neurologista, mas também um\n fisioterapeuta, psicológico, fonodeologoc e terapueta ocupacional. “Com o\n desenvolver da doença a pessoa tem várias complicações, dificuldade de falar,o\n psicologico fica abalado e aumenta até o número de quedas, portanto dependendo\n da fase é importante esse acompanhamento”, define.\n \n Logo\n ao ser detectada a doença é recomendado que o paciente não saia mais sozinho de\n casa. “Com o passar da doença a dependência aumenta pode ocorrer individamento,\n dificuldades de higiene, portanto é necessário um cuidador para ajudar a pessoa\n nesse proceso”, afirma.\n \n O\n mais indicado é tratar o paciente em casa, sempre com supervisão em tempo\n integral, mas uma instituição também pode ser o melhor local em algumas\n situações. “Para cuidar de uma pessoa com a doença é preciso ser treinado para\n isso, saber dar banho, como conversar, passear, em alguns casos é melhor estar\n numa institiuição, pois a pessoa é alimentada da forma adequada, convive com\n pessoas da mesma idade e tem assistência 24 horas por dia”, opina Schultz que\n acha que as pessoas não devem ficar sentidas ou sentir que estão abandonando os\n parentes.\n \n \n \n \n