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Ciência e Saúde
06/01/2012 10:22:33
Vacina contra dengue estará disponível dentro de dois anos
A vacina contra a dengue deve estar disponível para toda população, no máximo dois anos, conforme o médico infectologista Rivaldo Venâncio, que coordena a pesquisa no Estado.

Correiro do Estado/AQ

\n \n \n \n A vacina\n contra a dengue – que está sendo testada em Campo Grande – deve estar\n disponível para toda a população em no máximo dois anos, conforme estimativa do\n médico infectologista Rivaldo Venâncio, que coordena a pesquisa no Estado. Até\n agora 300 crianças já receberam a primeira dose e neste mês mais 200 serão\n imunizadas. Por enquanto, nenhuma apresentou reação ao produto e o resultado\n foi satisfatório em outras localidades onde os estudos estão mais adiantados. \n \n "As\n crianças ainda receberão outras duas doses da vacina antes de termos o\n resultado final, mas já tivemos resultados positivos em outros países. Pelo que\n esperamos a dengue não será problema para o Brasil na Copa do Mundo de\n 2014", afirmou Venâncio. A vacina estará disponível para que o Ministério\n da Saúde forneça as doses para a população ou para venda no último trimestre de\n 2013 ou no máximo no começo de 2014.\n \n As doses\n estão sendo aplicadas em crianças de 9 a 16 anos, que estão na faixa etária com\n maior incidência de casos. A vacinação é feita no Hospital Dia, que funciona no\n Hospital Universitário da Capital. Todo o procedimento é acompanhado pelos pais\n e as crianças recebem assistência médica durante todo o período da pesquisa. \n \n Uma equipe\n formada por 32 profissionais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul\n (UFMS) e da Prefeitura de Campo Grande está sendo responsável pela pesquisa na\n Capital. Os testes são custeados pela indústria farmacêutica Sanofi Pauster,\n responsável pela fabricação do imunizante e que está construindo uma indústria\n na França para a produção da nova vacina. \n \n Testes\n \n Foram\n selecionadas crianças e adolescentes de todas as regiões de Campo Grande para\n participar dos testes. Inicialmente, eles e os pais têm acesso a várias\n informações sobre o estudo e assinam quase 40 páginas de documentos com os\n esclarecimentos sobre a pesquisa. Depois, todas as crianças passam por\n avaliação médica para que a equipe se certifique se não estão com algum problema\n de saúde. \n \n Posteriormente,\n é agendado um dia com a equipe e os menores são levados em um ônibus cedido\n pela UFMS, juntamente com os pais, para que seja aplicada a primeira dose da\n vacina. Em Campo Grande, os testes começaram em outubro e neste mês o último\n grupo está sendo imunizado. Após a injeção ser aplicada no braço eles ficam por\n 30 minutos em observação ainda no hospital. \n \n Depois de\n liberados, os familiares ficam com contatos de toda a equipe médica e devem\n procurar os profissionais no caso de qualquer problema de saúde apresentado\n pelas crianças. "Precisamos nos certificar de que a vacina é mesmo eficaz\n e de que não há reação. Por isso, verificamos qualquer febre ou outro problema\n que a pessoa apresentar", disse o médico.\n \n Ele informou\n que até agora não houve reação à vacina. As crianças e adolescentes receberão\n outras duas doses da vacina no prazo de seis meses a um ano. Além das doses da\n vacina, é aplicado placebo em alguns pacientes. \n \n \n \n \n