G1/LD
Uma pesquisa desenvolvida por alunos doutorandos da Faculdade de Odontologia de Bauru (SP), ligada à Universidade de São Paulo (USP), está desmistificando a fama de inimiga da saúde bucal que a cana-de-açúcar sempre teve. Por sua alta concentração de açúcar, a cana sempre foi associada como causadora de cáries.
Segundo a professora Marília Afonso Rabelo Buzalaf, coordenadora da pesquisa, os estudos mostram que a cana-de-açúcar possui uma proteína que protege o esmalte dos dentes e que pode, por isso, prevenir as cáries e também a erosão dentária.
Os estudos começaram em 2010 e vêm apresentando resultados considerados satisfatórios. Nesse primeiro momento, a pesquisa apontou resultados significativos nos testes em laboratório. O próximo passo é iniciar os experimentos com humanos.
“Sabemos que o vinho, por exemplo, é uma substância altamente erosiva para o esmalte dos dentes. Se antes de tomar um vinho fizermos um bochecho com essa proteína de forma a enriquecer a superfície dentária com ela, vai haver menos erosão”, explica a coordenadora do estudo.
O doutarando Vinícius Taioqui Pelá, integrante do grupo de pesquisadores, destaca que os benefícios desse estudo têm importância por conta do crescimento dos problemas relacionados à erosão dentária.
“Acreditamos que essa é uma pesquisa bastante promissora porque a questão da erosão dentária é um problema bem sério e recorrente nos dias atuais”, reforça o pesquisador.
O doutarando Vinícius Taioqui Pelá, integrante do grupo de pesquisadores, destaca que os benefícios desse estudo têm importância por conta do crescimento dos problemas relacionados à erosão dentária.
“Acreditamos que essa é uma pesquisa bastante promissora porque a questão da erosão dentária é um problema bem sério e recorrente nos dias atuais”, reforça o pesquisador.
Só no ano passado, segundo a instituição, foram captados cerca de R$ 15 milhões para serem investidos em pesquisas.
Dentre esses estudos, outro de destaque é um que avalia o uso do raio laser para tratamento periodontal, aqueles relacionados a sangramentos na gengiva, dentes amolecidos ou com acúmulo de tártaro. Esses problemas são considerados comuns, mas que se agravam quando o paciente tem diabetes.
A pesquisadora Paula Cunha, que veio do Amazonas para fazer doutorado em Bauru, realiza a pesquisa há dois anos e descobriu que o laser pode ser um importante aliado no tratamento e na prevenção de doenças periodontais para diabéticos.
“O paciente com doença periodontal grave, com sangramentos, não consegue controlar o diabetes. E, na via oposta, quem tem o diabetes alterado pode sofrer efeitos na gengiva, que fica mais sensível. E o uso do laser tem se mostrado bastante satisfatório para esse grupo de pacientes”, explica a pesquisadora.
A técnica do uso do laser para tratamento periodontal já vem sendo usada na FOB-USP em voluntários, com resultados considerados satisfatórios, por pesquisadores e pacientes.