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O empresário bolsonarista Luciano Hang voltou a ter acesso a sua conta no Twitter após ter sido suspenso na quarta (12). O dono das Lojas Havan tuitou neste sábado (15), às 14h19: "Estou de volta no Twitter!".
Hang, que é próximo do presidente Jair Bolsonaro (PL), havia compartilhado um vídeo contrário à vacinação de crianças contra a Covid-19. Desde quarta, quem acessava o perfil do bolsonarista se deparava com um aviso de que a conta estava suspensa por ter violado regras da plataforma.
Na ocasião, o Twitter afirmou, via assessoria de imprensa, que baniu Hang porque "a ordem judicial que requer seu bloqueio na plataforma segue em vigor".
Procurada pela reportagem neste sábado, a assessoria do Twitter informou que "pessoas que tiveram suas contas suspensas podem pedir uma revisão em relação a ações tomadas sobre seus perfis". "Está prevista nas regras a possibilidade de que, após o processo de recurso, se conquiste o direito de voltar a operar contas anteriormente suspensas na plataforma", completa.
A assessoria de Hang afirmou que a suspensão violava sua liberdade de expressão. "Estamos vivendo momentos estranhos na sociedade, em que você não pode ter liberdade de pensamento e expressão. Um absurdo! Não é possível que se tenha uma única verdade e que você não pode questioná-la. Agora não podemos mais compartilhar informações para as pessoas tomarem suas próprias decisões?", indagou.
Neste sábado, o empresário usou o Twitter para fazer propaganda e falou de fake news. "Por anos forçaram os brasileiros a acreditar em vários absurdos, mas os tempos mudaram! Agora com as redes sociais a verdade vem facilmente à tona e não ficamos mais nas mãos do monopólio da informação", publicou.
Em 2020, Hang já havia sido bloqueado –tanto no Twitter quanto no Facebook– por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em decorrência do inquérito das fake news.
Desde as eleições de 2018, que elegeu o presidente Jair Bolsonaro, Luciano Hang tem sido acusado de ser um dos financiadores de fake news por meio do aplicativo WhatsApp e do chamado "gabinete do ódio", responsável por desferir ataques contra adversários políticos. Hang nega o financiamento de notícias falsas.