G1/PCS
Uma das principais figuras religiosas do Brasil, o Padre Marcelo Rossi assustou o país quatro anos atrás quando, durante uma celebração, foi empurrado do altar por uma mulher e caiu de uma estrutura de aproximadamente dois metros de altura. Após o caso, começou uma rotina de exercícios que mudou completamente seu visual.
O caso aconteceu no dia 14 de julho de 2019, em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo. O sacerdote participava da missa de encerramento do acampamento.
Ele não teve nenhum ferimento grave e, no mesmo dia, chegou a dizer que sentiu “algumas dorzinhas, mas não quebrou nada”. Apesar do susto, a agressão ao menos serviu como um “empurrãozinho” para uma severa mudança no estilo de vida do religioso, que na época chamava atenção pela magreza.
Segundo o próprio padre, o aspecto físico era fruto de uma depressão que ele havia enfrentado anos atrás, de insônia e também de uma pausa no consumo de remédios que, antes do quadro, o inchavam.
Em entrevista recente ao g1, Rossi comentou que o episódio de agressão foi um momento de Deus e que, se não fosse isso, ele poderia ter morrido.
“Foi um momento em que Deus me concedeu uma graça. Eu caí e saí melhor do que a queda, que era para eu ter morrido”, afirmou o sacerdote.
De acordo com ele, isso motivou que treinos, alimentação regrada e boas noites de sono fossem incluídos na rotina, que o deixaram muito forte. A forma física, inclusive, tem chamado atenção nos últimos anos e até gerado memes na internet.
O religioso explicou na entrevista que, para atingir tal condição, são indispensáveis quatro pilares: oração, treino, alimentação e sono.
“A oração é essencial para a mente, ela ajuda a trazer paz, a se encontrar diante dos problemas da vida. O treino ajuda em tudo, nos traz endorfina, serotonina e outros hormônios que nos ajudam também a manter a mente equilibrada. A alimentação equilibrada é fundamental para ajudar no metabolismo e o sono é essencial para se ter saúde”, conta.
O momento de mudança de vida foi tão marcante que Rossi lançou um livro cerca de um ano depois do empurrão, em que testemunha e relata detalhes do processo após ter sido agredido.
"Quando eu fui empurrado, eu não perdi a consciência. Essa não foi uma experiência de morte, mas foi uma dor tremenda. Eu passei dias com espasmos. Mas havia uma força dentro de mim que me dizia 'Deus é maior'", disse.
Rotina
Sobre a rotina que adotou desde então, o padre explicou na entrevista ao g1 que alia dois tipos de treino e que, além disso, o grande segredo é não desistir do objetivo.
“Durante a missa e jornadas de autógrafos eu tenho que aguentar várias horas em pé. Então para ter essa energia e força, trabalho a articulação, com muito alongamento, e alio à calistenia, que é o meu exercício. A academia é boa para quem puder ir. Confesso que para mim é difícil porque as pessoas querem conversar e perco o foco, mas o segredo é não desistir”, comentou.