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Fiscalização da Prefeitura de Campo Grande percorre canteiros de avenidas movimentadas da Capital para alertar famílias sobre possível trabalho infantil. Parte do trabalho realizado pela SAS (Secretaria de Assistência Social) seria “desmascarar” os responsáveis que possuem casa e trabalho, mas que estariam usando os filhos para sensibilizar motoristas.

A vice-prefeita e titular da SAS, Camilla Nascimento, compartilhou uma das abordagens em que crianças estariam sentadas ao relento. “Criança não é mão de obra e não deve ser usada como chamariz para sensibilizar e atrair ajuda nas ruas. É prioridade absoluta, como manda a lei”, destacou.

A secretária relembrou que os pais já foram comunicados sobre o problema e alertou que o Conselho Tutelar poderá ser acionado caso repitam o ato.

“Importante dizer: essas famílias não estão em situação de rua. Têm residência fixa, e algumas possuem vínculo de trabalho. Mesmo assim, seguem expondo crianças, o que fere diretamente os direitos da infância. Vale lembrar que o poder público tem suas obrigações, mas os tutores também têm responsabilidade sobre o cuidado e a integridade dos pequenos”, disse.

A maioria das famílias abordadas seria boliviana ou venezuelana. Todas já teriam recebido orientações e acompanhamento da SAS. Além disso, recebem benefícios por meio do Cras (Centro de Referência de Assistência Social).

“Vocês têm residência e não são moradores de rua. Se não são moradores de rua, não podem fazer isso com os filhos de vocês”, orientou.