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Comportamento
26/03/2023 10:33:00
Cutucar o nariz com o dedo pode causar Alzheimer, diz estudo
Hábito comum pode causar problemas neurológicos à saúde e homens seriam os mais afetados

Metro/PCS

Foto: Freepik

Você tem o hábito de cutucar o nariz com o dedo? Caso a resposta seja afirmativa, especialistas aconselham a evitar o costume.

Considerado algo natural, uma pesquisa recente mostrou que a retirada do mudo nasal ressecado, a famosa meleca, pode causar problemas de saúde.

Publicado em 2022 no site Nature, o estudo elaborado por cientistas australianos mostrou que, em camundongos, o efeito de mexer nos casais nasais pode levar a bactéria Chlamydia pneumoniae até o cérebro por meio dos nervos do olfato.

A pesquisa também comprovou a relação entre o hábito, a infecção do sistema nervoso central e a doença de Alzheimer. Isso O problema foi identificado analisando que, quando a bactéria Chlamydia pneumoniae circula pelo organismo, as células do cérebro produzem uma proteína chamada beta amiloide. A quantidade encontrada pode indicar alguma enfermidade neurodegenerativa.

Órgão de defesa em perigo

O hábito de cutucar o nariz com o dedo também pode ser associado a outras doenças. Com diversas bactérias habitando as mãos, o costume de levá-las até o nariz sem antes higienizá-las pode causar complicações, principalmente se a imunidade do indivíduo estiver baixar e a mucosa danificada.

Uma das condições identificadas, neste caso, é a meningite bacteriana. Os sintomas apresentados são febre, dor de cabeça, rigidez do pescoço, sensibilidade à luz e confusão mental.

Caso se agrave, esse tipo de meningite pode causar problemas no cérebro, além de infarto, convulsões e perda de audição. Homens correm maior perigo

Em seu livro intitulado ‘Wie wir Deutschen ticken’ ou ‘Como nós, alemães, funcionamos’, o autor alemão Christoph Drösser diz que os homens são maioria no hábito de tirar meleca, sendo 62% contra 51% entre as mulheres.

Segundo matéria do G1, os locais mais utilizados para a prática é o lar e o automóvel. O texto também explica que, em casos raros, o hábito pode se transformar em um transtorno obsessivo-compulsivo conhecido como rinotilexomania, e costuma aparecer em situações de nervosismo.