Veja/PCS
O senhor e a ex-presidente Dilma Rousseff estão namorando? Claro que não. Ela é minha amiga.
Mas e a foto que circulou de vocês num restaurante em Nova York? Estávamos acompanhados por mais pessoas. Essa história começou com esses blogs que gostam de inventar fofocas para aumentar a audiência. Tem gente incapaz de imaginar uma mulher forte e independente sem um homem ao lado. Eu e meu marido odiamos essa história.
O senhor é casado? Sim, sou casado legalmente há cinco anos, mas estamos juntos há 24. Todos sabem disso, incluindo meus alunos. Não é segredo. Não vivo uma vida dupla. Ele mora em Israel e eu nos Estados Unidos. Sempre que conseguimos, vou para lá, ou ele vem. Ele achou ridículo. Não sente ciúme nenhum da Dilma. Temos amigas.
O senhor falou com a Dilma depois da repercussão? Eu liguei para ela para perguntar o que ela achava de tudo aquilo. Ela gargalhou e disse que a situação era cômica.
Como foi o jantar com a ex-presidente? Conversamos sobre a política atual no Brasil e nos Estados Unidos, e sobre as eleições francesas. Claro que ninguém estava a favor de Marine Le Pen, mas Dilma não disse nada sobre o seu favorito. E falamos bobagens.
O que mais o senhor e Dilma fizeram em Nova York? Num sábado de folga dela, fomos passear no Central Park. Tentamos alugar uma bicicleta, porque sei que ela gosta de pedalar, mas não conseguimos. Resolvemos andar. Fomos ao Metropolitan Museum e passamos três horas lá, pois adoramos arte. À noite, eu a levei à ópera. Queria que ela relaxasse.
Como é a Dilma na intimidade? Simpática, carinhosa e com uma capacidade de argumentação incrível.
Argumentação incrível? Sim. Não pensem que ela está em casa, dando uma de coitada. Ela está lutando, como sempre lutou.
Como está a imagem dos brasileiros entre os americanos? Infelizmente, os americanos sabem pouco do Brasil. Conhecem mais estereótipos do que informações. Têm uma vaga noção de que existe uma campanha contra a corrupção, que nos últimos anos o Brasil cresceu, tem futuro, mas está com uma situação econômica difícil. Há ainda muitas reportagens sobre a violência no país.