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Basta se relacionar para saber que o amor se transforma de acordo com o tempo. Muitas pessoas inclusive tem medo de que as “relações esfriem” e nunca voltem a experimentar as emoções do início.
De acordo com um artigo de Adoree Durayappah, no portal Psychology Today, estamos um pouco mais perto de responder a essas perguntas e desmistificar os segredos por trás do amor intenso, duradouro e romântico.
Um estudo recente publicado na revista Cognitive Social e Affective Neuroscience investigou, pela primeira vez, que as regiões do cérebro estão associadas com o amor romântico ao longo prazo.
Os pesquisadores compararam os exames cerebrais de indivíduos casados de longa data com os exames de pessoas que se apaixonaram recentemente.
Surpreendentemente, os resultados revelaram uma atividade similar em regiões específicas do cérebro, tanto para o amor romântico intenso a longo prazo quanto para os casais em amor romântico nos estágios iniciais. Essas regiões cerebrais particulares podem ser a chave para o fato de certos casais permanecerem loucamente apaixonados por anos, até décadas, mais tarde.
O grupo de pesquisadores, liderado pelos Drs. Bianca Acevedo e Arthur Aron, do Departamento de Psicologia da Universidade de Stony Brook, usou imagens de ressonância magnética para mapear o cérebro de pessoas felizes no casamento que relataram um amor romântico intenso pelo o seu parceiro depois uma média de 21 anos de casamento.
Veja as características do amor romântico intenso:
Desejo de união.
Atenção focada.
Motivação para fazer coisas que deixam o parceiro feliz.
Atração sexual e pensar no parceiro quando estão separados.
O objetivo do estudo foi investigar como a atividade cerebral em sistema de indivíduos em um “intenso amor” a longo prazo.
Ser loucamente apaixonado pode durar!
Os resultados do estudo indicam que o sentimento de paixão intensa pode durar em relacionamentos de longo prazo. "Encontramos muitas semelhanças muito claras entre os que estavam apaixonados a longo prazo e aqueles que acabaram de se apaixonar loucamente", revelou o Dr. Aron.
Frequência sexual
Uma pergunta comum à qual a maioria dos casais se questiona é se a frequência e o interesse sexual podem ser mantidos por meio de relacionamentos de longo prazo. A resposta é sim! Os participantes do amor romântico de longa data relataram uma alta frequência sexual.
Proximidade e união
O amor romântico a longo prazo ativa regiões cerebrais ricas em dopamina. O recrutamento desse sistema de dopamina, que controla a recompensa e a motivação, sugere que o amor romântico é um desejo e uma motivação para estar junto ao outro.
Seguro e protegido
As pesquisas indicaram que a associação com uma figura de apego reduz a dor e o estresse. Dessa forma, se sentir seguro e protegido é um critério importante no amor romântico intenso e duradouro.
Então, o que aprendemos?
A partir deste estudo, aprendemos que a atividade neuronal de pessoas em um intenso amor romântico em longo prazo compartilha semelhanças notáveis com a atividade neuronal de indivíduos recém-investidos.
Portanto, é totalmente possível que amor romântico seja sustentado em relacionamentos de longo prazo. E esse amor intenso e apaixonado é uma atividade rica em dopamina.
A chave para entender como sustentar o amor romântico a longo prazo é compreendê-lo um pouco cientificamente. Nossos cérebros veem o amor passional duradouro como um comportamento dirigido por metas, para alcançar recompensas.
As recompensas podem incluir a redução da ansiedade e do estresse, sentimentos de segurança, um estado de calma e uma união com o outro. Por isso, quase sempre nos relacionamentos de longo prazo, quando nos referimos ao “eu”, incorporamos lentamente nosso parceiro à nossa noção de nós mesmos.
À medida que nos movemos do amor no estágio inicial para o amor em longo prazo, nosso vínculo de união cresce. E quando realizamos ações que deixam nosso parceiro feliz, melhoramos e mantemos o relacionamento à medida que trabalhamos para atingir nosso objetivo de manter as nossas “recompensas”.