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O ex-jogador de vôlei Maurício Souza se filiou ao Partido Liberal (PL) em março de 2022, e tenta uma vaga como deputado federal em Minas Gerais.
Campeão olímpico pela Seleção Brasileira em 2016, o ex-jogador chegou a disputar as Olimpíadas de Tóquio em 2021. Maurício teve sua carreira marcada por acusações de homofobia após publicações em suas redes sociais.
O caso repercutiu entre conservadores, e o ex-jogador, que já se declarava apoiador de Jair Bolsonaro, chegou a ganhar mais de 2 milhões de seguidores em seu perfil no Instagram. Desde o fim de 2021, seu perfil está sendo gerido profissionalmente, com criação de logomarca e conteúdos eleitorais.
O problema é que Maurício não votou na última eleição e não justificou sua ausência, então tem dívidas com a Justiça Eleitoral. O Ministério Público Eleitoral (MPE) está pedindo a impugnação da candidatura, e pedindo que o pré-candidato quite sua dívida.
Relembre o caso
Maurício Souza era atleta do Minas Tênis Clube, equipe que disputa a Superliga Brasileira de Voleibol, quando fez uma publicação com comentário homofóbico em seu Instagram.
Na postagem, o ex-jogador colocou uma notícia que dizia “Superman atual, filho de Clark Kent, assume ser bissexual”. Na legenda, Maurício escreveu “É só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”.
O comentário causou revolta em companheiros de profissão, na torcida do Minas Tênis Clube, em fãs do esporte e em pessoas de todo o Brasil. Após mais de duas semanas de pressão de torcedores e patrocinadores, o atleta foi desligado do clube.
O treinador da Seleção Brasileira, Renan Dal Zotto, também já havia “cortado” o jogador da Seleção, dizendo ainda que “se tratando de seleção brasileira, não tem espaço para profissionais homofóbicos''.
Para a legislação brasileira, declarações homofóbicas são consideradas crime equivalente ao racismo desde 2019, podendo gerar pena de 1 a 5 anos de prisão.