VERSÃO DE IMPRESSÃO
Comportamento
22/08/2023 07:26:00
“O que você quer pra m**er gostoso comigo?” Professor enviou mensagens a aluna
Após processo disciplinar, docente foi demitido da Universidade onde dava aula desde 2003

G1/PCS

O envio de mensagens de cunho altamente sexual levou à demissão de um professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que está sendo acusado de assédio contra uma de suas alunas, segundo notícia do G1.

O assédio, de acordo com o relatório final do processo disciplinar realizado pela UEPG, ocorreu em julho do ano passado, mas a conclusão foi divulgada somente em 9 de agosto desde ano.

Em uma mensagem de áudio enviada a uma estudante, o professor Luciano Ribeiro Bueno, do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Ponta Grossa, pergunta diretamente. “O que você quer pra m**e gostoso comigo? E daí, o que você quer. Diga aí”.

Luciano era professor da Universidade desde 2003. O assédio sexual começou com mensagens de texto onde o professor questionava o motivo da aluna não ter comparecido às aulas. As conversas avançaram e ele a informou que tinha tirado notas baixas em um trabalho e ofereceu possibilidade de refazê-lo e que poderia passar as questões por WhatsApp.

Naquela mesma noite, Luciano retoma a conversa e pergunta se ela gostaria de receber as questões, e diante da falta de resposta da estudante, ele manda outra mensagem, dizendo que ela o deixa excitado.

“Você sempre olha nos meus olhos. Olha o status. Vai gostar. Vai querer a chance? [...] Deixa prof de r**a dura. Vamos sair? O que quer? Vamos marcar?”.

Diante das mensagens, a aluna manda um pedido para que ele confirme sua identidade em mensagem por áudio e pede que ela olhe o status dele no WhatsApp, onde aparecia com o pênis exposto para que todos que acessassem o aplicativo pudesse ver. Foi quando ele perguntou diretamente o que ela queria para manter relações sexuais com ele.

A aluna se manifestou imediatamente: “Por um acaso em algum momento eu dei liberdade pro senhor me mandar esse tipo de vídeo, e me fazer esse tipo de proposta?”.

A estudante encaminhou para a diretoria da universidade as provas de assédio e um inquérito foi aberto. Nele, o professor não negou o assédio, mas disse que “ele interpretou os sinais corporais da aluna de forma equivocada.”

A advogada que defende Luciano disse que não há provas de que ele se valeu do seu cargo para ofender a aluna e que o professor passava por problemas psicológicos, como “transtorno depressivo grave e Síndrome de Burnout”, que o levaram a interpretar de forma equivocada as mensagens trocadas com a aluna.