*Saulo Moraes
Como quem não quer nada, peça para ver o celular do(a) seu(sua) companheiro(a), e observe a reação da pessoa. Claro que a única reação aceitável seria se a pessoa lhe oferecesse o celular sem qualquer hesitação.
Mas não é assim que acontece. Hoje a coqueluche dentro de casa é o uso dos aplicativos das redes sociais, com uma particularidade: raramente o dono deixa o outro acessar seu celular. O WhatsApp é o programa de maior manuseio, mas diferenciando dos demais por exigir privacidade a ponto de, em alguns casos, não ser compartilhado alguns posts com a pessoa amada.
Convenhamos, você convive com o companheiro há algum tempo. Tem e recebe toda confiança dele. De repente você esqueceu seu celular em casa, e mais que depressa retorna para pegá-lo. Por quê essa pressa? Ora, qual o mal que existe dentro daquele aparelho?
Vamos para as respostas. Hoje o celular faz parte da família. Muitas emoções dos membros da prole gira em torno dele. Então como não dar uma olhadinha no celular do parceiro? Claro e evidente que o casal não tem as mesmas convivências nas redes sociais e nem sempre ambos tem o mesmo interlocutor em comum. Mas a confiabilidade a ser alicerçada pelo parceiro está na tranquilidade dele entender que a troca de mensagens ou fotografias não comprometerá a harmoniosa convivência conjugal.
E quando comprometer? Essa possibilidade pode ser real. E fazer o quê se isso ocorrer? Claro que o dialogo será a única arma para colocar pano frio nessa emoção momentânea. Depois, muitas promessas e muito, mas muito carinho será o antídoto para quebrar o veneno da raiva e eliminar o medo de uma ruptura familiar.
A solidez dessa convivência aparece no momento em que a pessoa toma a iniciativa de fazer o que tem que ser feito naquele ambiente familiar. Eis que a “transparência e a lealdade são combinações eficazes para se desfrutar dessa modernidade que é o gozo da vida social virtual com suas evoluções, e portanto, deve-se levar sempre em consideração que o sentimento leal do companheiro está acima de tudo” (frase do autor O.S.O).
Lembrando sempre que Deus vê tudo!
(*) Saulo Moraes é um viciado em WhatsApp