Folha/PCS
A rua 25 de Março, no centro da capital paulista, está ainda mais lotada que o Natal passado, para alegria dos que receberão presentes comprados ali –e dos comerciantes, que esperam vendas 8% acima das registradas em dezembro de 2016.
"As pessoas estão mais animadas neste ano, deixaram de dar lembrancinhas aos filhos para voltar a dar presentes", diz animado Ondamar Ferreira, gerente da loja Armarinho Fernandes.
De acordo com Ferreira, o valor médio das compras no ponto comercial, termômetro da região comercial mais movimentada da cidade, está maior neste ano: cada cliente gasta cerca R$ 160 em vez dos R$ 135 do ano passado.
Os itens mais comprados são bonecas, vendidas a R$ 94,90, e drones de brinquedos de R$ 149,90, produtos que ajudarão a engordar o faturamento do ano estimado pelos comerciantes em 10% no ano fechado.
CERVEJA E FRANGO
Nos supermercados do país, a expectativa é de um incremento de 8% nas vendas de final em relação a 2016, sendo a cerveja (12,36%) e o frango congelado (12,35%) os líderes de consumo neste Natal e Natal e no Réveillon, de acordo com dados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
Em São Paulo, a estimativa é de vendas ainda maiores nesta época –alta de 22%, ante a média geral de 18% de aumento nos últimos anos.
"Mas os consumidores estão mais cautelosos, de olho em promoções e mais atentos a preços do que a marca, como estavam antes da crise", afirma Thiago Berka, da Apas (Associação Paulista de Supermercados).
Por ser mais barato, pelo terceiro ano consecutivo, frango será mais comprado que peru para a ceia de Natal, aponta o economista.
Por outro lado, a variedade de tipos de panetones deve levar a um aumento de consumo de 10% no período, bem como a procura por chocolates, categoria que deve crescer 13%, enquanto o consumo de doces em geral cai 6%. "Por serem dados como presentes por muitas famílias, o Natal é o segundo melhor período para o setor de chocolates depois da Páscoa", diz Berka.
SHOPPINGS
O mesmo ânimo de consumo está nos shoppings centers do país. De acordo com a Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings), os lojistas esperam uma alta de 4% a 5,5% nas vendas no final de ano, sendo que o varejo brasileiro como um todo deve faturar R$ 34,3 bilhões no período, alta de 4,3% em relação ao Natal passado.