Sheila Forato
Tudo que a vendedora Rozineide de Souza Santos Paiva, de 33 anos, quer é esquecer o que aconteceu na noite deste domingo (18), quando teve o atendimento para seu filho, de apenas 11 meses, negado no Hospital da Cassems de Coxim.
O bebê cortou as duas mãos numa garrafa e perdia muito sangue, mesmo assim a atendente da noite não viabilizou atendimento para o menino, conforme relato da mãe, que ficou desesperada.
Ela conta que saiu de casa atordoada, sem bolsa, sem celular e até mesmo descalça. Consequentemente, não portava documentos, entre esses a carteirinha do plano de saúde. Entretanto, Rozi é uma vendedora conhecida em Coxim, que na verdade dispensa apresentação, principalmente quando se tem boa vontade.
Depois de discutir com a pessoa que fazia o atendimento, muito nervosa a vendedora colocou o filho dentro do carro e seguiu para o Hospital Regional Álvaro Fontoura, onde foi prontamente atendida. Não, você não leu errado. Foi na rede pública de saúde que o bebê foi socorrido.
Nesta segunda-feira (19) Rozi ainda estava indignada com a situação, questionando a falta de humanidade da atendente do Hospital da Cassems, contra quem ela pretende fazer uma reclamação por escrito. “É falta de amor ao próximo. Como uma pessoa pode ser indiferente a um bebê sangrando”, interrogou.
Apesar do susto, o bebê de 11 meses passa bem e está sendo medicado. Nossa reportagem entrou em contado com a Cassems, através de e-mail, solicitando um posicionamento a respeito do caso e aguarda retorno.