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Coxim
07/10/2014 12:00:00
Funcionário público transforma resto de material cerâmico em arte
São formas abstratas, paisagens, e animais encontrados no Pantanal sul-mato-grossense

Foto: EMS

Antônio Aristides Mochi, de 73 anos, é funcionário público há 16 anos em Coxim, mas sua vocação visivelmente é o artesanato. Com muita criatividade e paciência, o idoso transformou o que iria para o lixo em uma verdadeira obra de arte e redecorou o jardim de sua casa.

Usando pequenos pedaços de lajotas que seriam descartados durante a linha de produção em uma cerâmica, Mochi começou a dar uma nova cara ao muro de casa. Primeiro ele desenha a figura com carvão e logo em seguida vai cobrindo com as tirinhas de lajota, até formar a escultura completa.

Segundo Mochi, o trabalho era realizado somente nos finais de semana em que estava de folga e começou em abril de 2006, sendo concluído em novembro do mesmo ano, sempre com a ajuda da fiel companheira, Adelina Aparecida Martins Mochi, de 70 anos, com quem está casado há 50 anos.

Conforme o artesão, a primeira escultura criada foi uma estrela para cobrir a parede gasta da lavanderia. Satisfeito com o trabalho, que inclusive recebeu vários elogios, Mochi decidiu expandir a criação e cobriu todo o muro em volta de casa.

Foto: EMS

São formas abstratas, paisagens, e animais encontrados no Pantanal sul-mato-grossense, mas o desenho preferido é o de um par de beija-flores que ele fez especialmente para Adelina contemplar enquanto fica sentada na varanda, um dos lugares preferidos do casal na casa.

Questionado se pretende ganhar dinheiro com a decoração de ambientes, ele explica que apesar de já ter recebido algumas propostas e gostar do que faz, não pretende tornar a arte uma profissão, “devido a minha profissão só poderia me dedicar à arte nos finais de semana, mas decidi mostrar o trabalho para que outras pessoas que se interessem se inspirem na ideia e possam fazer o mesmo” finalizou Mochi.

Foto: EMS
Foto: EMS