Sheila Forato
Reinaldo Azambuja (PSDB) começou seu governo dando a entender que resolveria os problemas da saúde em Mato Grosso do Sul. Quem não se lembra da milionária Caravana da Saúde, que percorreu todo o estado? Mas, a caravana passou... Contudo, os problemas continuaram assolando a população, principalmente a mais carente.
Em Coxim, os atrasos nos repasses ao Hospital Regional Álvaro Fontoura abalou o equilíbrio financeiro da FESP (Fundação Estatal de Saúde do Pantanal). O #EdiçãoMS10anos apurou que, desde dezembro de 2016, o governo não repassa o valor para manutenção do HR, que é de R$ 400 mil ao mês.
Os atrasos começaram em outubro do ano passado, mas, até dezembro os repasses ainda eram feitos dentro do mês. Entretanto, desde a virada do ano que o Hospital Regional de Coxim não vê a cor do dinheiro do governo do Estado. Isso tem afetado o equilíbrio financeiro, pois as prefeituras da região norte não tem condições de arcar com o prejuízo.
Com isso, o HR que tinha saúde financeira, entrou na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), começou atrasar pagamento de funcionários, principalmente médicos, assim como de fornecedores.
A classe médica, inclusive, ameaça paralisar o atendimento, pois está há dois meses sem receber. Outro agravante é a falta de material, que já prejudica o atendimento. Uma fonte ouvida pelo #EdiçãoMS10anos diz que a preocupação vai além, pois essa situação afasta bons fornecedores e aumenta o custeio, sem contar a perda de bons profissionais.
Hemodiálise
O descaso não é só com a mensalidade para a manutenção do Hospital Regional. O valor referente a hemodiálise, de R$ 158 mil, não é repassado desde novembro de 2016, totalizando R$ 474 mil a menos nos cofres da FESP. Somados aos R$ 800 mil da mensalidade, o déficit se aproxima de R$ 1,3 milhão.
O #EdiçãoMS10anos entrou em contato com o governo do Estado e aguarda retorno.