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Coxim
18/03/2015 08:30:00
Padroeiro: Fiéis celebram dia de São José nesta quinta em Coxim

Cenário representando a infância de Jesus com São José (Foto: Diocese de Coxim)

Entre os dias 16 e 19 de março os católicos celebram o dia de São José, Padroeiro de Coxim. O santo também é de modo especial, o padroeiro das famílias, dos operários e trabalhadores.

Como parte da programação da 76ª Festa de São José, nesta quarta-feira (18) haverá a celebração solene com a presença de todos os padres da Diocese, que corresponde à região norte do estado do Mato Grosso do Sul e várias caravanas vindas das cidades vizinhas.

Na quinta-feira (19), feriado municipal pelo Dia de São José, a Catedral realizará uma procissão a partir das 10 horas, em seguida a celebração da Santa Missa, encerrando as comemorações com o tradicional churrasco, servido no Salão Paroquial a partir das 12 horas.

É estreita a ligação da cidade de Coxim com São José, pois no dia 06/11/1872 foi criado o Distrito de São José de Herculânea, subordinado ao município de Corumbá e posteriormente o município passou a denominar-se Coxim.

História de São José

José deriva do nome hebraico Yosef , que significa “o que acrescenta”. É uma figura de destaque no Novo Testamento, pois teve a incumbência de Deus de ser o pai adotivo de Jesus e esposo de Maria. “Filho de Jacó, José foi o esposo de Maria, do qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo” (Mt 1,16). Aparece nos evangelhos da infância em Mateus e Lucas. Em Mateus 1,19 é chamado justo; a ele foi revelado o nascimento virginal de Jesus (Mt 1,20-25). Foi também responsável por Maria e Jesus durante a fuga para o Egito (Mt 2,13-15.19.23).

Mateus não menciona qualquer residência de José em Nazaré, antes o Egito. Lucas 1,27, porém, diz que Maria e presumivelmente José, moravam em Nazaré antes mesmo do nascimento de Jesus. Segundo Lucas, a necessidade da viagem a Nazaré para Belém deriva das origens da família de José (2,4). No resto das narrativas de Lucas da infância, José aparece como uma figura secundária, presente no nascimento de Jesus (2,16), na circuncisão (2,21), na apresentação do primogênito (2,22, na perda de Jesus e seu encontro no Templo (2, 41-52). Em termos de ofício, José era carpinteiro (Mt 13,55), como o próprio Jesus (Mc 6,3).

O grande doutor da Igreja Santo Agostinho compara os outros santos às estrelas, e São José o compara ao Sol. A esse grande santo Deus confiou Suas riquezas: Jesus e a Virgem Maria. Por isso, o Papa Pio IX, em 1870, declarou São José Padroeiro Universal da Igreja e Pio XII o declarou como “exemplo para todos os trabalhadores” e fixou o dia 1º de maio como festa de São José Operário.

São José foi pai verdadeiro de Jesus, não pela carne, mas pelo coração; protegeu o menino das mãos assassinas de Herodes o Grande, e ensinou-lhe o caminho do trabalho. O Senhor não se envergonhou de ser chamado “filho do carpinteiro”. Naquela rude carpintaria de Nazaré, Ele trabalhou até iniciar sua vida pública, mostrando-nos que o trabalho é gratificante.Na história da salvação coube a José dar a Jesus um nome, fazendo-o descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas divinas. José teve a honra e a glória de dar o nome a Jesus na sua circuncisão. O Anjo disse-lhe: “Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21).A vida exemplar desse grande santo da Igreja é exemplo para todos nós. Num tempo de crise de autoridade paterna, na qual os pais já não conseguem “conquistar seus filhos” e fazerem-se obedecer, o exemplo do menino Jesus submisso a seu pai torna-se urgente. Isso mostra-nos a enorme importância do pai na vida dos filhos.

Se o Filho de Deus quis ter um pai, ao menos adotivo, neste mundo, o que dizer de muitos filhos que crescem sem o genitor? O que dizer de tantos “filhos órfãos de pais vivos” que existem no Celebrar a festa de São José é lembrar que a família é fundamental para a sociedade e que não pode ser destruída pelas falsas noções de família, “caricaturas de família”, que nada têm a ver com o que Deus quer. É lutar para resgatar a família segundo a vontade e o coração de Deus.

Celebrar a festa de São José é celebrar a vitória da fé e da obediência sobre a rebeldia e a descrença que hoje invadem os lares, a sociedade e até a Igreja. O homem moderno quer liberdade; “é proibido proibir!”; e, nesta loucura lança a humanidade no caos.