Sheila Forato
A partir de segunda-feira (8), os servidores da prefeitura de Coxim devem entrar em greve. A paralisação foi deliberada durante assembleia extraordinária, convocada pelo Sinsmc (Sindicato dos Servidores Municipais de Coxim), para a noite desta quarta-feira (3).
Conforme a pauta divulgada pela entidade sindical, a greve deve permanecer até que o município atenda algumas reivindicações dos funcionários. A principal é a regularidade da folha, com uma data base para quitação.
Além disso, eles reivindicam quitações de débitos junto ao próprio Sinsmc, IMCAS (Instituto Municipal de Coxim de Assistência a Saúde), IMPC (Instituto Municipal de Previdência de Coxim), assim como a CASSEMS (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul).
A prefeitura tem pagado os salários de forma fracionada. Na maioria dos meses, a folha era quitada até o dia 20 do mês subsequente, porém, nos últimos meses a situação se agravou e começou a virar o mês, contabilizando 50 dias de atraso.
Hoje a situação da folha é a seguinte: Até terça-feira (2) a prefeitura pagou os salários de agosto a quem ganha até R$ 3.010,05, totalizando 68,41% da chamada fonte 01. Na educação o índice de pagamento é maior, representa 91,94%, isso significa que o salário de agosto já foi depositado para quem recebe até R$ 5.150,00.
A previsão da prefeitura de começar a regularizar a situação é dia 10 de outubro, quando deve quitar a folha de agosto e iniciar a de serembro. No setor de finanças a expectativa é positiva nesse sentido, pois, entre outubro e março a arrecadação melhora.
Na prática, o reflexo da greve só vai ser sentido a partir de segunda-feira (8). Em comunicado oficial, o Sinsmc avisa que não vai ter aula nas unidades, mas, essa informação foi contestada pela secretária de Educação, Raquel Singh.
Por telefone, ela afirmou que tanto os Centros de Educação Infantil como as Escolas Municipais vão abrir normalmente e se precisar vão atender alunos com equipe reduzida e atividades diferenciadas. “Sou solidária aos grevistas, porém, tenho duas preocupações. A primeira é com os pais que trabalham e dependem de deixar os filhos nas creches, a segunda é com o comprometimento do ano letivo, pois os dias parados tem que ser repostos”, ponderou Raquel.
Já o secretário de Saúde, Franciel Oliveira, vai se reunir com os coordenadores de Postos de Saúde da Família ao longo do dia. Somente depois de levantar toda a situação é que ele vai ter dimensão da greve. Entretanto, também por telefone, ele garantiu que a população não vai ficar sem atendimento. “Já estou com várias ideias para garantir o atendimento à nossa gente”, afirmou o secretário.
Já na Assistência Social o atendimento deve continuar normalmente, de acordo com o secretário Adenilson Vilalba. “Por enquanto, nenhum funcionário sinalizou que vai aderir a greve e se isso acontecer estamos preparados para remanejar e garantir o atendimento à população em todos os programas e projetos sociais de responsabilidade da prefeitura de Coxim.
O Edição MS também entrou em contato com o secretário de Obras, Carlos Oliveira de Rezende, o Carlão, mas ele não atendeu a ligação e também não retornou até o fechamento da reportagem. Já o prefeito de Coxim, Aluízio São José (PSB), disse que vai esperar o município ser informado da greve, oficialmente, para se manifestar.