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Coxim
18/06/2014 08:54:01
Universitária de Coxim é contemplada com bolsa do programa Ciência sem Fronteiras
Jasane fará um intercâmbio em Dublin, na Irlanda, no National College of Ireland, que terá duração de 1 ano e 1 mês.

Assessoria

Foto: Reprodução/ Facebook
A universitária Jasane Schio, do 3º Ano do curso de Sistemas de Informação da UFMS/CPCX (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul- Campus Coxim) foi a primeira acadêmica do campus contemplada com a bolsa do programa Ciência sem Fronteiras (CsF). Jasane fará um intercâmbio em Dublin, na Irlanda, no National College of Ireland, que terá duração de 1 ano e 1 mês. A universidade tem alojamento próprio no centro de Dublin, em frente a faculdade e próximo a entrada do metro. São apartamentos para 4 pessoas onde cada um tem quarto e banheiro individual. A acadêmica respondeu um pequeno questionário para compartilhar com todos os demais acadêmicosnbsp;enbsp;sanar algumas dúvidas àqueles que tem interesse em nbsp;participar do Ciência sem Fronteiras, confira abaixo: Como surgiu o seu interesse? Jasane: Primeiramente, eu sempre tive vontade de viajar pelo exterior, mais precisamente Reino Unido, Irlanda e Irlanda do Norte, mas não é algo tão fácil de fazer por quesitos financeiros. Um dia conversando com a Profª. Me.nbsp;Priscila Martins, que agora está afastada para doutorado na Bahia, ela me contou que a maioria dos doutorados/mestrados são feitos metade no Brasil e metade no exterior, então eu já comecei a ficar com a ideia de fazê-los para ter essa experiência. Na mesma época saiu um edital do Ciência sem Fronteiras, porém por problemas familiares na época eu não tive interesse.
Na ERInbsp;(Escola Regional de Informática) do ano passado (2013), tivemos uma palestra com o Prof. Dr. nbsp;Edson Norberto Cáceresnbsp;que é o responsável pelonbsp;Ciência sem Fronteiras na UFMS, e ele falou bastante sobre a oportunidade que é para crescimento pessoal e intelectual. Eu voltei da ERI já com a mentalidade certa de que eu iria me inscrever. Em principio eu queria ir para a Inglaterra, para Liverpool, pois sou torcedora do time, e uniria duas coisas que eu gosto muito. Mas a Inglaterra é um pais muito mais concorrido, além disso requer um resultado mais alto no exame de pro eficiência e eu teria menos de 2 a 3 meses pra me preparar, para alguém que nunca fez cursos de línguas era pouco.
Então eu não cheguei a cogitar a Inglaterra como escolha realmente. Primeiramente eu olhei a lista de países que poderiam ter edital na próxima chamada, dentre eles o primeiro que me chamou a atenção foi a Irlanda. Eu conhecia a Irlanda pelas lendas mundialmente conhecidas, pelo St Patricks, mas não conhecia muito sobre o país, e comecei a pesquisar sobre e me encantei com o país, por ser extremamente lindo, vi alguns vlogs de brasileiros lá, e li blogs também, todos falam muito sobre como a Irlanda é um país acolhedor com estrangeiros, isso já eliminou meu medo de xenofobia, um outro ponto muito importante que me fez escolher a Irlanda é de que ela é considerada o vale do silício europeu, lá se concentram filiais das maiores empresas de T.I. do mundo. Além de ser a poucas horas de Liverpool, não tive nem dúvidas quanto a escolhê-la. Antes mesmo de me inscrever eu tinha dúvidas se realmente seria uma boa coisa pra mim, e quero agradecer aos professores do campus que me ajudaram e apoiaram para tomar essa decisão, nbsp;Prof. Dr. Gedson Faria, Prof. Me.nbsp;Ekler Paulino de Mattos e Prof. Me. Deiviston da Silva Aguena. Como você fez para conseguir? Jasane: A primeira coisa a ser feita por quem quer se inscrever no programa, para qualquer país, é ter no mínimo 20% e, no máximo 90% do curso concluídos, além de ter obtido nota no Enem igual ou superior a 600 pontos. Não é necessário ser a nota do Enem que você usou para entrar na faculdade, basta ter obtido a nota do Enem igual ou superior a 600 pontos, em exames realizados a partir de 2009. Primeiramente, eu acessava quase toda semana, emnbsp;http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/inscricoes-resultados para ver se teria algo novo, como o lançamento de novas chamadas onde são especificados os países com editais abertos. Dia 14 de outubro de nbsp;2013 nbsp;foi lançado um edital, nele dizia que as inscrições seriam de 15 de outubro a 29 de novembro de 2013, no meu caso, tinha para a Irlanda, então nem olhei os editais de outros países, mas pelo que soube alguns países podem ter tempo maior ou menor para inscrição, portanto deve-se ficar atento ao edital de cada pais.
A inscrição é feita emnbsp;http://cienciasemfronteiras.capes.gov.br/ onde deve-se fazer um cadastro para acessá-lo, nesse cadastro são informados todos os seus dados do curso, instituição, dados pessoais, dados do país que pretende ir, a chamada para qual está se candidatando e coeficiente relativo (uma média de disciplinas, porcentagem de conclusão de curso, faltas e médias), eu obtive a minhanbsp;atravésnbsp;da PREG/UFMS. E é nesse mesmo site de inscrições que deve-se anexar documentos como passaporte, histórico escolar, resultado do exame de pró-eficiência, entre outros. Algumas universidade não tem acordo de adesão assinado com a CAPES e por vez, o aluno deve correr atrás disso, mas a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul já possui esse acordo, então é algo que não foi necessário me preocupar. O teste de proficiência em língua estrangeiranbsp;é o quão se entende/fala inglês (língua do país de destino, neste caso!), para cada país é cobrado uma pontuação diferente ou um teste específico. Os testes aceitos para a minha chamada eram IELTS, TOEFL IBT, PTB ou CBT e o Cambridge Exam nível FCE.
Todos os testes são pagos, e necessitam ser agendados, aqui no estado (MS) eles são feitos em Campo Grande e são pagos via cartão de crédito internacional, pois todos são testes internacionais. Eu fiz o TOEFL IBT, para a minha chamada, na modalidade IBT a exigência mínima foi 65 de 120 pontos, a minha pontuaçãonbsp;foi 79. Após o preenchimento da inscrição e envio de documento,s o aluno espera cerca de dois meses para o resultado parcial da CAPES. No meu caso o prazo de inscrição foi até o dia 29 de novembro, mas o resultado do exame de proficiêncianbsp;pode ser enviado até o dia 23 de dezembro. O resultado da CAPES saiu dia 17 de Janeiro. Após isso, acessar o site de inscrições no país destino, no meu caso era o HEA através do https://www.csfirlanda.ie. paranbsp;escolha da área de atuação, e então, eram disponibilizados os cursos e instituições disponíveis.
Como eu escolhi a área de T.I. e Engenharia que é a área de Sistemas de Informação, por vezes aparecia cursos de engenharia para se inscrever, mas isso não é algo muito aconselhável, pois ao analisarem o histórico e a grade, no caso do curso de Sistemas de Informação que trata-se de um curso menos abrangente que Engenharia da Computação por exemplo, a vaga seria rejeitada. Nesta inscrição é necessárionbsp;fornecer dados pessoais, anexar o passaporte e um histórico escolar traduzido, essa tradução deve ser feita por um tradutor juramentado, ou popularmente conhecido como oficial. Em algumas universidades é possívelnbsp;escolher até 3 faculdades (em alguns países), no meu caso escolhi o National College of Ireland (NCI), Institute of Technology em Blanchardstown e o Trinity College Dublin e fui aceita em todos. Entretanto, escolhi o NCI, por ser uma faculdade no centro de Dublin, com acomodação/dormitório extremamente perto da faculdade, menos de 20 metros de distância, com quartos individuais, o pessoal do NCI é super prestativo, buscam os alunos no Aeroporto e foram super atenciosos comigo quando tirei dúvidas por e-mail, mais do que as outras faculdades. Além de ser uma faculdade considerada de alto nível pela HEA da Irlanda (órgão semelhante MEC do Brasil). Após escolher a faculdade, enviaram-menbsp;uma carta de aceite,nbsp;a qualnbsp;deve-se anexar no site de inscrição, o mesmo site onde foi anexado os outrosnbsp;documentos, depois disso, deve-se esperar o contato da CAPES informando quando deverá ser enviado osnbsp;dados bancários. Tirar o passaporte é algo a ser feito antes do processo seletivo, pois pode ser um pouco demorado para chegar dependendo da época do ano, e é um documento necessário. O visto também é muito importante, para a Irlanda não é necessário tirar aqui no Brasil, temnbsp;um GNIB de 3 meses quando chega lá, e nesses 3 meses deve-se conseguir o visto estudantil. Qual nbsp;impacto dessa bolsa na sua vida pessoal e profissional? Jasane: O impacto pessoal é que vou ter uma experiência nova, que é morar sozinha, algo que eu nunca fiz, nunca saí da casa dos meus pais, da minha cidade, do interior, e eu vou sair de uma cidade do interior, da casa dos pais, para morar sozinha em uma capital de outro país. Vai ser uma experiência totalmente nova de independência. Além da troca de cultura, pois existem pessoas de todas as nacionalidades na cidade através de programas estudantis de todos os países e obter fluência em um idioma que não é o meu. No campo profissional vai ser algo que eu espero que complemente meu currículo para o futuro, pois vou cursar um ano fora, em uma cidade com grandes empresas, podendo participar de grandes congressos e participar efetivamente da área de T.I. fora do Brasil. Assim como, ter a oportunidade de ver como é o funcionamento de grandes centros de ensino em tecnologia. Espero conseguir aproveitar o máximo disso para a minha carreira profissional.