\n \n A\n primeira noite do Palco das Américas, montado na Praça Generoso Ponce para a 9ª\n edição do Festival América do Sul em Corumbá, contou com uma mistura musical\n que foi do chamamé de raiz, passou pelo sertanejo e terminou em grande estilo,\n ao som de flautas andinas, nas tradicionais canções bolivianas.
Este foi o\n saldo da noite que contou com as apresentações dos artistas regionais Tico\n Rocha, filho do músico e compositor Dino Rocha, substituído na programação por\n questões médicas e Osmar da Gaita e o grupo Savia Andina, da Bolívia, que\n animou o público no primeiro dia do Festival em Corumbá.\n \n \n \n Substituindo\n o seu pai e um dos homenageados do Festival América do Sul, ficou à cargo de\n Tico Rocha a abertura das atrações do Palco das Américas nesta quinta-feira.\n Tico, que é multi-instrumentista e já acompanhava o pai em várias apresentações\n no Brasil, não teve problemas em apresentar para o público corumbaense o\n chamamé de raiz e a música regional.\n \n Tímido\n no início, o público foi se sentindo mais à vontade conforme as músicas mais\n famosas do chamamé eram puxadas pelo acordeon da banda que acompanhava Tico\n Rocha. Ao final da apresentação, o cantor falou sobre a importância da\n homenagem prestada a Dino Rocha e a divulgação da música regional para outros\n Estados do Brasil e até mesmo fora do País.
“A homenagem prestada ao Dino Rocha\n representa a sua coroação artística e a valorização da música regional e da\n cultura pantaneira.nbsp;Sinto-me honrado em representá-lo, já que sempre\n tivemos como estilo a música pantaneira. A música regional dá um grande passo\n com essa participação em festival deste porte, em especial a divulgação para\n outros países. Em algumas viagens pelo Brasil pude vernbsp;que há locais em\n que o chamamé é tocado constantemente. Até mesmo em viagens internacionais,\n como uma feita ao Japão, fui surpreendido por locais em que o chamamé era um\n estilo de música comum em algumas casas de show”, afirmou o cantor.
Em seguida\n subiu ao palco o cantor e compositor Osmar da Gaita, do município de Jardim. O\n cantor deu continuidade ao show anterior, tocando clássicos da musica\n sertaneja, polcas paraguaias e versões do atual sertanejo universitário,\n animando mais ainda o público na Praça Generoso Ponce.
“Divulgar a música de\n Mato Grosso do Sul é sempre uma honra, ainda mais para outros países. Ainda\n somos artistas pequenos se comparados a destaques da música regional, mas o\n Festival América do Sul nos proporciona uma experiência, além de nos contemplar\n com artistas de grandes nomes nacionais e internacionais”, disse o cantor.
Mas\n foi no show do grupo internacionalnbsp;Savia Andina, da Bolívia, que o público\n se comportou de acordo com um dos principais lemas do Festival, o intercâmbio\n cultural. O grupo, que já conta com mais de 30 anos de existência, surpreendeu\n o público corumbaense e boliviano que se aglomerava e dançava em frentenbsp;ao\n Palco das Américas.\n \n \n \n De\n acordo com o grupo, a variedade de instrumentos como a flauta andina, o violão,\n baixo, percussão e o charango representa a possibilidade de atingir várias\n culturas através da música e a irmandade entre os povos. Além das tradicionais\n músicas instrumentais bolivianas, o gruponbsp;mostrounbsp;a variedade musical\n tocando versões de músicas clássicas, polcas e tangos.
O público aprovou a\n apresentação do grupo, com direito a pedidos de “mais um”. Prontamente o grupo\n retornou ao palco tocando mais três canções, encerrando sob muitos aplausos a\n primeira noite da 9ª edição do Festival América do Sul.