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Poucos sabiam da moradia dele aqui, mas, no último fim de semana, seu Enesio Rodrigues Pereira, de 72 anos, viu seu nome ganhar destaque na internet depois que o filho, o rapper Projota, participante do Big Brother Brasil, mencionou que o pai vive em Campo Grande.
Na ocasião, o músico mencionou a cidade depois de ganhar um carro na prova do anjo e prometer que ele seria presente para o pai.
Enesio não nega, vibrou duplamente no último sábado. “Primeiro porque ele ganhou o anjo e eu ainda fui presenteado com uma máquina”, ri. Ele diz que os últimos carros que teve foram presentes do filho músico. “Depois que ele viu a vida melhorar com a música, quis me dar mais conforto e me presenteou com carrinho”, diz.
Com uma simpatia aparentemente inesgotável, Enesio passa os dias em sua residência, no bairro Oliveira, região oeste da cidade, à espera não só do fim da pandemia como do título de campeão ao filho dentro do reality show.
Enesio diz que não é muito “ligado em internet” e só acompanha o filho 24 horas por dia através do paperview, por isso, pouco se importa com os comentários que surgiram sobre o músico desde o início da edição. “Infelizmente ele está em um ninho de cobras, tem muita gente diferente no mesmo lugar. Mas ele é um menino bom e merece ficar. Aliás, ele vai ficar”, torce o pai.
Em casa, Enesio diz que sorri, chora e grita toda vez que algo acontece dentro do BBB. “Meu coração acelera, a gente fica naquela vontade de sussurrar no ouvido do filho, ter uma conversa. É muito difícil ver tudo de longe”.
Ficou por aqui até 1978 e voltou para São Paulo. “Quando os meninos cresceram, casaram e conquistaram suas vidas eu decidi viver com mais tranquilidade”.
Durante os anos em São Paulo recebeu visitas de amigos campo-grandenses que nunca deixaram esquecer-se da capital sul-mato-grossense, por isso, em 2010 decidiu voltar para o estado.
“Aqui é um lugar bonito, gostoso de viver e fiz bons amigos. Nunca consegui esquecer Campo Grande”, diz.
Projota já visitou a cidade diversas vezes para visitar o pai e também fez shows por aqui. “Em todos que ele fez eu fui, e já estive assistindo ele cantar em muitos outros lugares”.
Mas sempre que pode, seu Enesio embarca e vai para São Paulo ficar com os filhos. “Nessa pandemia estou mais quietinho, mas sempre estou lá ao lado deles, principalmente para curtir minhas netinhas”, diz.
O último abraço no filho foi no Natal de 2020, lembra. Mas, apesar da saudade, espera que o próximo abraço demore mais um pouquinho. “Que esse abraço só chegue depois da final”, torce novamente.