\n \n Com\n um discurso voltado aos jovens, o Bote Fé, promovido pela Igreja Católica,\n mobilizou fiéis de todas as idades ontem em Campo Grande. O\n evento é uma preparação à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e tem como símbolos\n a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora, que percorrem vários países nas\n mobilizações da jornada. A concentração aconteceu na Praça do Papa, na Vila\n Sobrinho, e reuniu 15 mil pessoas segundo a Polícia Militar.\n \n As\n atividades do Bote Fé começaram às 7h, na Igreja Santo Antônio, a Catedral de\n Campo Grande, e seguiu durante o dia todo. Às 14 horas, milhares de jovens\n saíram da Catedral, rumo à Praça do Papa. A caminhada em ritmo de procissão\n levou mais de três horas e às 17h30, as cerca de cinco mil pessoas que\n acompanhavam os dois símbolos da jornada - a Cruz Peregrina e o quadro de Nossa\n Senhora - chegaram à praça.\n \n Lá,\n milhares de fiéis aguardavam a chegada da cruz. Entre eles o casal José Antônio\n da Siva, 45 anos e Eliane Rosalina, 38. Eles afirmaram que toda a movimentação\n era voltada para os jovens, mas que consideravam importante participar. “Temos\n filhos que são jovens e temos que apoiar”, disse José. Para Eliane, os jovens\n que participam do evento estão “à salvo” de problemas como as drogas e outros\n vícios. “Aqui eles se aproximam de Deus e se afastam das drogas”.\n \n Esse\n tema esteve entre os “alertas” do Bote Fé, e durante a caminhada, por várias\n vezes, o assunto foi comentado pelos animadores do carro de som. “Enquanto tem\n tantos jovens por aí usando drogas e bebendo, a gente aqui mostra que é\n possível ser jovem sem precisar disso”, afirmou a estudante universitária,\n Roberta Ribeiro, 19 anos.\n \n No\n mesmo coro, os amigos Igor Capilé, 16, e Leonardo de Figueiredo, 15, comentaram\n que a importância da jornada e do Bote Fé eram a comunhão com Deus e com a\n igreja. “Aqui a gente está se preparando para a jornada do ano que vem e também\n tendo mais comunhão com Deus”, disse Leonardo. Igor destacou a ajuda que eles\n podem prestar às pessoas participando do evento. “A gente aprende a ajudar o\n outro e trazer mais jovens para a igreja”.\n \n Chegada
\n Assim que os participantes da caminhada chegaram à Praça do Papa, com os dois\n símbolos da jornada, foram recebidos com muita torcida e animação. Um corredor\n foi formado para a entrada da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora. Com as mãos\n erguidas, quem estava no local rezou o Pai Nosso e a Ave Maria para receber os\n símbolos.\n \n Para\n o Padre Adaílton Miorín, que acompanhava o evento, a JMJ é uma mobilização\n mundial que pretende mostrar a “força jovem da igreja [católica] e acolher a\n juventude como um todo”. Na opinião dele, o movimento ainda tem o objetivo de\n unir os jovens no propósito da igreja. “O jovem te que mostrar seu papel na\n sociedade e a jornada incentiva exatamente isso”, destacou.\n \n As\n atividades seguem até dia 26, terça-feira, com vigílias, visitas a presídio,\n Santa Casa, asilo, shows, e uma passeata pela cidade, quando os devotos pedirão\n paz no trânsito.