\n \n A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul realiza de 9 a 13 de setembro\n (segunda a sexta) no Museu da Imagem e do Som a Mostra Mazzaropi. As exibições\n acontecem sempre às 19 horas, são gratuitas e fazem parte do projeto CineMIS.\n \n Com curadoria de Pietro Luigi, a Mostra Marazzopi contará com produções\n importantes da carreira de um dos maiores personagens do cinema\n brasileiro.nbsp;Amácio Mazzaropi (1912-1981) iniciou a carreira no Teatro na\n década de 1940, encenando peças no interior de São Paulo com a Troupe\n Mazzaropi. Em 1946 estreia um Programa na Rádio Tupi chamado Rancho Alegre, que\n vai para a TV Tupi em 1950.\n \n Em 1952 Mazzaropi lança seu primeiro filme, Sai da Frente, pela\n Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Neste mesmo ano, o ator vende sua casa e\n funda o estúdio PAM – Produções Amácio Mazzaropi, na região rural de Taubaté.\n Ali, criou um dos maiores estúdios da américa latina dos anos 1970, onde filmou\n parte de seus 33 filmes.\n \n O cinema produzido por Mazzaropi era voltado para a cultura popular,\n direcionado para as grandes massas que se identificavam com a linguagem criada\n pelo artista. Uma mescla de comédia pastelão com elementos da cultura regional,\n sua personagem de maior sucesso era a figura do caipira, o Jeca. A partir dele\n Mazzaropi criou diversas aventuras com o mesmo mote: o olhar do homem\n interiorano frente a temas contemporâneos e figuras da cultura popular tratados\n com a leveza da comédia.\n \n Os filmes escolhidos para a Mostra cobrem três décadas da produção do\n cineasta: desde a década de 1950, o início da carreira (A Carrocinha e Jeca\n Tatu), passando por 1960 (O Lamparina) até 1970 (Betão Ronca Ferro e Jeca\n contra o capeta).\n \n “Os filmes escolhidos estão entre os de maior repercussão, que\n consagraram Mazzaropi como um dos maiores realizadores do cinema brasileiro”,\n explica Pietro Luigi. Apesar do grande sucesso de público, a crítica de cinema\n considerou os filmes de Mazzaropi como superficiais e de pouca qualidade.\n Principalmente por não tratar da crítica social com profundidade, por não ser\n um cinema “engajado”.\n \n Apesar disso, o conjunto da obra é muito importante para o cinema\n brasileiro. “A figura de Mazzaropi é marcante por ter levado a cultura popular\n para o cinema, contribuindo com a formação da identidade cultural do povo\n brasileiro. Prova disso é o reconhecimento do Prêmio Culturas Populares do\n governo federal, que este ano homenageou o cineasta com a Edição Mazzaropi”,\n analisa Américo Calheiros, presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do\n Sul.nbsp;\n \n Confira a sinopse dos filmes:\n \n 9 de setembro - O Lamparina\n \n Bernardino é um pacato homem do campo que para não se defrontar com o\n bando de cangaceiros de Zé Candiero acaba se disfarçando e é confundido com um\n deles. Incrementando a farsa em que se encontrou, faz sua família passar por\n seu bando e acabam indo parar no acampamento dos verdadeiros cangaceiros onde o\n "destemido" Lamparina vai ter que mostrar ser uma "cabra\n valente" de verdade. Depois de passar um ano na cadeia, assusta os\n habitantes da cidade de Sororóca que pensavam que estava morto e que agora é\n uma "assombração".\n \n Direção: Glauco MirkoLaurelli (Comédia, 104 min., 1964).\n \n 10 de setembro - Betão Ronca Ferro\n \n A filha de um empregado de circo casa-se com um jovem muito rico contra\n a vontade da família dele. O pai dela acaba pegando um dinheiro emprestado com\n a família do genro e compra o circo onde trabalhava, passando a perambular de\n cidade em cidade.\n \n Direção: Geraldo Afonso Miranda (Comédia, 100 min., 1970).\n \n 11 de setembro - Jeca contra o capeta\n \n A história do filme se passa numa cidadezinha em que um bandido famoso é\n morto e as suspeitas de assassino caem sobre o filho de Mazzaropi. Agora ele\n tem que provar que não é o malfeitor, mas muita confusão vem por ai, já que uma\n lei do divórcio a ser aprovada ronda a cidade e uma velha amiga de Mazzaropi o\n obriga a assinar os papeis de divórcio com a sua esposa para se casar com ela,\n fazendo chantagem, pois o seu filho está nas mãos dessa mulher, que no filme é\n uma bela e rica mulher.\n \n Direção: Pio Zamuer, Amácio Mazzaropi (Comédia, 97 min., 1975).\n \n 12 de setembro - A carrocinha\n \n Procurando uma forma de se livrar da cadelinha de estimação de sua\n mulher, o prefeito de uma cidadezinha do interior promove Mazzaropi a “Chefe da\n Carrocinha”. É o suficiente para ele apronte suas trapalhadas e vire o inimigo\n número 1 da cachorrada. O que ele não esperava era ficar apaixonado por uma\n caipira que protege os animais.\n \n Direção: Agostinho Martins Pereira (Comédia, 98min., 1955).\n \n 13 de setembro - Jeca Tatu\n \n Jeca é um roceiro preguiçoso de dar dó, mas esta preguiça está com os\n dias contados, pois seu ranchinho está ameaçado pela ganância de latifundiários\n sem coração. Agora ele vai usar todo seu jeito matreiro para conseguir seu\n cantinho de terra. Um clássico da filmografia de Mazzaropi. Às vezes engraçado,\n em outros momentos de uma beleza tocante, ele trata com muita singeleza a\n figura do homem do campo e a questão da reforma agrária neste filme que é uma\n declarada homenagem do Mazza ao conterrâneo Monteiro Lobato.\n \n Direção: Milton Amaral (Comédia, 95 min., 1959).\n \n Serviço:nbsp;O projeto CineMIS Mostra Mazzaropi acontece de 9 a\n 13 de setembro no Museu da Imagem e do Som, que fica no Memorial da Cultura e\n da Cidadania, na avenida Fernando Correa da Costa, 559, 3º andar. Os filmes\n serão exibidos sempre às 19 horas e a entrada é franca. Informações pelo e-mailmis@fcms.ms.gov.brnbsp;e pelo\n telefone 3316-9178.\n \n \n \n \n