\n \n O\n público corumbaense novamente passeou pela sonoridade sul americana na quarta\n noite do Palco das Américas, no 9º Festival América do Sul. Desta vez as\n guaranias paraguaias, o rock, chamamé e o “rock-samba” agitaram as 40 mil\n pessoas presentes na Praça Generoso Ponce. As atrações da noite foram o\n instrumentista paraguaio, Juan Panchi Duarte, a banda de Ponta Porã, Surfistas\n de Trem, Renato Borghetti e Perla e a revelação do momento, o Grupo Sambô.\n \n Através das guaranias e polcas paraguaias, o instrumentista paraguaio Juan\n Panchi Duarte proporcionou uma pequena viagem pelas regiões de seu país,\n apresentando ao público a diversidade musical da tão tradicional polca. “É uma\n honra estar neste festival e compartilhar com vocês a experiência de nossa\n música. Apresentaremos uma pequena seleção de guaranias e polcas de grandes\n compositores paraguaios como Armênio Gimenez e Demétrio Ortiz”, disse Panchi\n durante a apresentação. Em um show dançante, como ritmo da polca dita, Pachi\n Duarte agradou ao público que já começava a ser preparado para as grandes\n emoções da noite.\n \n Direto\n da região fronteiriça de Ponta Porã, a banda Surfistas de Trem subiu ao palco\n logo em seguida e mostrou um repertório com músicas autorais, mas que também\n apresentava ao público outras sonoridades em constante crescimento em Mato Grosso do Sul.\n Denominando seu estilo como uma fusão “Samba Reggae and Roll”, os Surfistas\n também tocaram músicas de bandas regionais como a conhecida Curimba, de Campo\n Grande. Ficou a cargo da banda mostrar para o público corumbaense os novos\n ritmos em crescimento no Estado. Os Surfistas de Trem saíram com a resposta positiva\n do público que dançou e agitou ao som de várias influências da banda\n sul-mato-grossense. Quando Renato Borghetti subiu ao palco e “puxou” o primeiro\n acorde de sua gaita, já era possível imaginar o peso de seu show e\n principalmente a animação do público. Com um show voltado ao tradicional\n chamamé, o público prontamente começou a dançar e a ovacionar cada uma das\n canções apresentadas pelo instrumentista no Palco das Américas. \n \n nbsp;“Acho\n muito importante este encontro de culturas, é uma espécie de interferência\n positiva no trabalho de todos que participam de um evento deste porte. Este\n contato entre os músicos deve ocorrer constantemente. A América Latina é\n referência mundial na riqueza de ritmos e etnias e isso deve ser cada vez mais\n colocado na música”, disse Renato. Com uma apresentação bastante aplaudida, o\n gaiteiro fez todo público dançar. Ao iniciar mais uma instrumental do chamamé,\n Borghetti chamou ao palco a cantora paraguaia Perla, que levou as pessoas que\n acompanhavam à emoção.\n \n Considerados\n a atração principal da noite, o Grupo Sambô não perdeu tempo e fez o público\n dançar incessantemente durante mais de 1h30 de apresentação no Palco das\n Américas. O grupo trouxe para Corumbá os sucessos de suas versões denominadas\n “rock samba” de bandas como O Rappa, Cidade Negra, Maroon 5, Janis Joplin e Led\n Zeppelin entre outros além dos trabalhos autorais. O público também cantou em\n voz altas as músicas, tocadas uma seguida da outra não dando tempo para o\n público respirar. \n \n “Somos\n um grupo de amigos quenbsp;querem se divertir. A ideia de criar versões de\n músicas de estilos tão variados como o rock e soul partiu de uma brincadeira em\n um dia de roda de samba. De maneira alguma queremos ironizar estas bandas, pelo\n contrario, queremos homenageá-las pois tivemos uma formação no rock e no\n samba”, disse o vocalista Daniel San.\n \n O\n Grupo Sambô fechou em grande estilo a quarta noite do FAS, sendo ovacionado\n pelas cerca de 40 mil pessoas que acompanhavam a apresentação da banda. Corumbá\n saiu mais uma vez satisfeita com a noite de integração musical e cultural\n proposta pelo Festival América do Sul.\n \n \n \n \n