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Mesmo a situação sanitária em razão da pandemia não tendo melhorado em um ano, o comércio e supermercados de Mato Grosso do Sul esperam por uma Páscoa mais rentável neste ano em comparação a 2020. Tanto lojista quanto clientes estão mais preparados para as vendas e compras nessa época em 2021.
Segundo a Fecomércio-MS (Federação do Comércio do Estado de Mato Grosso do Sul), a Páscoa neste ano deve movimentar um montante 88% maior na economia em comparação com o ano passado. Pesquisa do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de MS) e Sebrae MS, prevê a entrada de R$ 250 milhões na economia, sendo R$ 136,6 milhões em chocolates e R$ 119,27 milhões em comemorações.
A escalada na intenção de compras se justifica por um conjunto de fatores que passa pelo fato de na Páscoa de 2020 o atendimento presencial do comércio ter sido suspenso, devido ao início da pandemia e também à mudança comportamental das famílias. Um indicativo disso é que 77% disseram que pretendem comprar em lojas físicas.
“No ano passado, com as incertezas do início da pandemia e a suspensão do atendimento presencial, muitas pessoas não conseguiram sequer comprar os ovos, houve devolução dos produtos que são pegos em consignação e mesmo suspensão de fornecimento”, avaliou a economista do IPF, Daniela Dias.
Já no setor dos supermercados, o aumentou deve ser de 15%, segundo previsão da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
A pesquisa leva em conta além dos tradicionais doces (ovos e barras de chocolate, caixas de bombons) também os itens que vão compor os almoços das famílias, como pescados e vinhos.
“Em 2020 fomos pegos de surpresa com a chegada da pandemia e do isolamento social bem próximos da Páscoa. Esse ano o setor se preparou para as vendas em período mais remoto, e conta ainda com uma força maior do e-commerce que ganhou mais clientes durante a pandemia”, destacou o vice presidente Institucional e Administrativo da Abras, Marcio Milan.
Pior Páscoa
Em contrapartida, no cenário nacional, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), as vendas no comércio varejista brasileiro relacionadas à Páscoa devem registrar retração de 2,2%. A quinta data comemorativa mais importante do varejo brasileiro deverá movimentar R$ 1,62 bilhão em 2021, o menor volume desde 2008.
A previsão é de uma arrecadação inferior à registrada em 2020. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirmou que os impactos da pandemia na renda da população e o fechamento do comércio às vésperas do feriado explicam a baixa expectativa.