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Economia
05/12/2012 09:00:00
Após dólar bater R$ 2,13, governo adota nova medida de estímulo
A mudança, publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (5), visa estimular a entrada de dólares no país.

Reuters Brasil/LD

\n \n O governo reduziu para um ano o prazo dos empréstimos externos\n sujeitos à alíquota de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Até\n então, os empréstimos com prazos de até dois anos pagavam essa alíquota. A\n mudança, publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (5), visa\n estimular a entrada de dólares no país. \n \n O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a redução do\n prazo tem o objetivo de permitir captações maiores das empresas em um momento\n em que o governo tenta estimular o investimento. "Estamos facilitando para\n que os bancos e as empresas possam captar recursos lá fora acima de 365\n dias", afirmou o ministro. \n \n "É uma conjuntura em que as empresas estão precisando de mais\n caixa", disse a jornalistas Dyogo Oliveira, secretário-executivo adjunto\n do Ministério da Fazenda, acrescentando que espera um aumento do fluxo de\n dólares com a medida. \n \n Na terça-feira (4), o governo anunciou uma medida que facilita o\n crédito ao exportador brasileiro, o que também deve favorecer a entrada de\n dólares e conter a alta da moeda norte-americana. \n \n Alta do dólar\n \n O dólar comercial fechou o mês de novembro com valorização de\n quase 5% e no patamar de R$ 2,13, maior valor desde maio de 2009. \n \n O Banco Central tem atuado com mais força no mercado de câmbio\n desde o início da semana, visando fornecer liquidez e impedir uma alta muito\n rápida do dólar. A redução do prazo dos empréstimos externos afetados pelo IOF\n não era esperada no curto prazo e sinaliza que o governo pode estar se antecipando\n a um cenário mais desafiador para o financiamento de empresas no próximo ano. \n \n O governo já havia alterado o prazo dos empréstimos sobre os quais\n incide a alíquota de 6% outras vezes neste ano. Em junho, em meio ao fluxo\n cadente, o governo decidiu reduzir esse prazo de cinco para dois anos. Em\n março, o governo tinha elevado os prazos, inicialmente de dois para três anos\n e, menos de duas semanas depois, de três para cinco anos. \n \n O IOF passou a ser utilizado como um instrumento de combate ao que\n o governo chamou de "guerra cambial" em março do ano passado. Na\n época, o objetivo era conter a valorização do real. \n \n \n \n \n