\n \n O\n cancelamento de compra de 2 milhões de toneladas de soja pela China já reflete\n em Mato Grosso do Sul, derrubando o preço da saca em até R$ 2. O país asiático\n cancelou a compra da oleaginosa depois do atraso causado pela falta de\n infraestrutura brasileira.\n \n De\n acordo com o jornal Folha de S. Paulo, de 12 navios que seriam enviados com o\n grão entre janeiro e fevereiro, apenas dois chegaram aos portos chineses. Com o\n descumprimento do prazo, os compradores resolveram cancelar a compra.\n \n O\n preço da saca de 50 kg hoje no Estado é de R$ 50, mas com esse cancelamento os\n preços já começam a cair entre R$ 1 e R$ 2.\n \n A\n causa desse atraso brasileiro é a falta de infraestrutura nos portos, que\n operam acima da capacidade.\n \n “É o apagão logístico que já se prevê há muito tempo”,\n diz o diretor da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso\n do Sul), Lucas Galvan. Ele explica que seriam necessários investimentos para\n suprir a necessidade de transporte terrestre e nos portos, mas que demoram até\n 7 anos.\n \n Mato\n Grosso do Sul deve colher nesta safra um total de 5,9 milhões de toneladas de\n soja, conforme previsão da Aprosoja. Até 70% desse total vai ser exportado pelo\n porto de Paranaguá (PR), apontado como um dos gargalos para o mercado externo.\n \n Uma\n das saídas seria a armazenagem, que no Estado tem capacidade para 8 milhões de\n toneladas. A conta não fecha porque além da soja há o milho, que na safra\n 2012/2013 representou 6 milhões de toneladas, que precisa ser guardado\n separadamente.\n \n “Mesmo essa capacidade de 8 milhões não está em boa\n situação, não se consegue utilizar em plenitude”, detalhou Lucas.