VERSÃO DE IMPRESSÃO
Economia
23/08/2013 09:00:00
Bancos privados fecham 5,8 mil postos de trabalho no ano, diz levantamento
Segundo o levantamento, as instituições financeiras dispensaram 23,5 mil funcionários no período e contrataram 17,7 mil.

Uol/AB

\n \n Os bancos privados fecharam 5,8 mil postos de trabalho nos\n primeiros sete meses do ano, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (23)\n pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf),\n entidade ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores). \n \n Segundo o levantamento, as instituições financeiras dispensaram\n 23,5 mil funcionários no período e contrataram 17,7 mil. As demissões são, de\n acordo com a Contraf, uma forma de reduzir a média salarial dos empregados. \n \n O estudo aponta que os dispensados recebiam em média R$ 4,5 mil, enquanto\n os admitidos ganham na média R$ 3 mil. \n \n A pesquisa foi feita em parceria com o Departamento Intersindical\n de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a partir de dados do\n Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho. \n \n Para o diretor de Imprensa da Contraf, Ademir Wiederkehr, a\n redução de gastos com a folha de pagamentos é uma forma de maximizar os lucros\n das instituições. "Há uma concorrência muito forte entre os bancos e a\n questão do emprego é vista como custo. Assim como a rotatividade, ela é usada\n para reduzir custos para aumentar o lucro dos bancos".\n \n Com isso, Ademir diz que os trabalhadores que permanecem\n empregados acabam sendo sobrecarregados. "Os bancos tem reduzido postos de\n trabalho e sobrecarregado os bancários com metas, que nós chamamos de\n abusivas", ressaltou. "O trabalhador está pagando a conta do corte de\n custos".\n \n A Contraf pretende trazer a manutenção do emprego e a melhoria das\n condições de trabalho como pauta para a campanha salarial deste ano. "Nós\n queremos contratações, o fim das demissões, das metas abusivas e do assédio\n moral", destacou Ademir. \n \n