\n \n Um dia depois da confusão causada no mercado financeiro pelas\n declarações da presidente Dilma Rousseff em Durban, na África do Sul, o Banco\n Central jogou a toalha e admitiu antecipadamente que não será possível trazer a\n inflação para o centro da meta de 4,5% este ano, mesmo que os juros voltem a\n subir. É o terceiro ano consecutivo que o BC admite a impossibilidade. \n \n A instituição divulgou ontem a elevação generalizada de suas\n projeções de inflação para este e para o próximo ano. Se as estimativas se\n confirmarem, o governo Dilma Rousseff fechará os quatro anos de seu mandato com\n o índice de inflação (IPCA) acima de 5%. O BC disse que ainda é possível agir\n para alcançar uma inflação mais baixa, mas apenas em 2014. \n \n A expectativa agora é de que o índice de preços ao consumidor saia\n dos atuais 6,3% acumulados em 12 meses e chegue a 6,7% em junho, valor que\n supera o teto da meta, que é de 6,5%. A inflação terminaria 2013 em 5,7% e\n cairia para 5,3% em 2014. A instituição apresentou, pela primeira vez, a\n projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, de 3,1%,\n pouco acima dos 3% estimados pelo mercado. \n \n Apesar de reafirmar que vai aguardar novos dados e agir com\n cautela em relação aos juros, o BC considerou “plausível” que outras ações de\n política monetária possam ser necessárias. As informações são do jornal O\n Estado de S. Paulo. \n \n \n \n \n