Economia
17/07/2013 09:00:00
Brasil deve registrar neste ano 1º déficit comercial desde 2000
Em sua previsão anterior, divulgada em dezembro, a associação projetava para este ano um superávit comercial de US$ 14 bilhões.
Uol/AB
\n \n O Brasil deve terminar 2013 com um déficit de US$ 2 bilhões na\n balança comercial, o primeiro saldo negativo desde 2000, segundo as projeções\n divulgadas nesta quarta-feira pela Associação de Comércio Exterior do Brasil\n (AEB), que revisou e diminuiu as previsões anteriores. \n \n Segundo os cálculos da associação, a exportação brasileira este\n ano somará cerca de US$ 230,511 bilhões, com uma queda de 5% em relação às do\n ano passado (US$ 242,580 bilhões). \n \n As importações, por sua vez, devem subir 4,2% em relação às de\n 2012 e ficar em US$ 232,519 bilhões de dólares, segundo as novas previsões da\n AEB. \n \n Com esses resultados, a balança comercial brasileira passará de um\n superávit de US$ 19,4 bilhões em 2012 para um déficit de US$ 2 bilhões em 2013.\n \n \n Em sua previsão anterior, divulgada em dezembro, a associação\n projetava para este ano um superávit comercial de US$ 14 bilhões. \n \n Essa previsão ficou defasada, segundo o órgão, devido à baixa das\n exportações este ano pela "acelerada queda das cotações das matérias-primas\n em geral e a redução dos embarques de petróleo, óleos combustíveis, milho e\n algodão".\n \n O déficit comercial também será produto do aumento das importações\n da "menor taxa cambial vigente, a regularização dos registros de\n importação de petróleo e derivados, a expectativa de expansão do consumo\n interno e a manutenção do elevado custo de produção no Brasil".\n \n O crescimento da demanda de combustíveis no Brasil e o menor\n processamento interno de petróleo obrigarão o país a elevar as importações de\n combustíveis e derivados em 9,2% este ano, até os US$ 38,5 bilhões. \n \n Segundo a AEB, os resultados da balança comercial brasileira ainda\n são muito dependentes das cotações internacionais de alimentos e minerais, já\n que 65% das exportações brasileiras é de matérias-primas. \n \n A associação acrescenta que o ferro permanecerá este ano como o\n principal produto de exportação brasileiro, com vendas por US$ 31 bilhões,\n frente aos US$ 30 bilhões do ano passado. \n \n A estabilidade do preço médio do ferro nos mercados internacionais\n e o embarque de volumes maiores permitirão que a participação desse mineral nas\n exportações brasileiras suba de 12,8% no ano passado para 13,6% neste ano. \n \n \n \n \n