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Economia
01/08/2013 12:01:23
Brasil gastou R$ 1,6 bilhão em 2010 com cooperações para o desenvolvimento internacional
Do total, R$965 milhões, equivalente a 66,3% do total, correspondem a gastos com cooperações multilaterais e R$ 491 milhões (33,7%) com cooperações bilaterais.

Agência Brasil/AB

\n \n Em 2010, o Brasil gastou R$1,6 bilhão - US$ 923 milhões - em\n cooperações destinadas ao desenvolvimento internacional. O valor é 91,2% maior\n do que o registrado no ano anterior. Do total, R$965 milhões, equivalente a\n 66,3% do total, correspondem a gastos com cooperações multilaterais e R$ 491\n milhões (33,7%) com cooperações bilaterais. \n \n Os números constam do relatório Cooperação Brasileira para o\n Desenvolvimento Internacional (Cobradi), divulgado hoje (1º) pelo Instituto de\n Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A publicação contabiliza os gastos dos\n órgãos da Administração Pública Federal, em 2010, com a cooperação para o\n desenvolvimento internacional. \n \n Entre as despesas públicas estão desembolsos feitos por meio de\n tratados, convenções, acordos, protocolos, atos institucionais ou compromissos\n internacionais. Os gastos correspondem à disponibilização de pessoal,\n infraestrutura e recursos financeiros mediante a capacitação de indivíduos e o\n fortalecimento de organizações e instituições no exterior, além da organização\n ou participação do país em missões, como a manutenção da paz e da gestão de\n programas e projetos científicos e tecnológicos em conjunto com outros países e\n institutos de pesquisas. \n \n Estão previstos no estudo, também, os gastos em cooperações\n humanitárias, apoio a refugiados, contribuições com organismos internacionais e\n doações oficiais. Segundo o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e\n coordenador do Cobradi, João Brígido Lima, o Haiti é o país que mais detém\n colaboração brasileira. O país recebeu R$ 92,4 milhões em investimentos. \n \n “Esses valores foram destinados a ações como as de aperfeiçoamento\n de sistemas de produção de milho, feijão, arroz, mandioca, hortaliças,\n agricultura familiar, segurança alimentar e nutricional, bem como para\n aprimorar o programa de imunização e o tratamento contra a cólera no Haiti.\n Resultou, ainda, em uma melhor preparação de quadros para gerenciar a saúde no\n páís e o envio de 10 mil doses de vacinas contra hepatite B”, detalhou Brígido.\n \n \n De acordo com o estudo, 68% dos gastos feitos em cooperações\n bilaterais – o correspondente a R$ 195 milhões dos R$ 491 milhões – foram\n vinculados a América Latina e ao Caribe; 22,5% (R$ 65 milhões) foram destinados\n à ações em países africanos; e 2% (R$ 6 milhões) à cooperações com países\n asiáticos e do Oriente Médio. \n \n Ainda dentro dos acordos bilaterais, foram destinados R$ 11\n milhões (4%) a países da Europa. A América do Norte recebeu R$ 3 milhões (1%);\n e à Oceania, em especial o Timor Leste, foi destinado R$ 6 milhões (2,25% do\n total destinado a acordos bilaterais). "Mais do que transferências de\n recursos o que proporcionamos a esses países é a transferência de conhecimento\n [pelas empresas de pesquisa brasileiras] e, ao mesmo tempo, fortalecemos a\n liderança regional do Brasil", disse João Brígido. \n \n \n \n \n