Economia
20/01/2014 09:00:00
Brasil terá desemprego acima de média global até 2016, diz OIT
OIT acredita que a taxa de desemprego atingiu 6,7% em 2013, cairá levemente neste ano para 6,6%, e chegará a 6,5% em 2015 e também em 2016
Terra/PCS
O desemprego no Brasil deverá continuar acima da média mundial\n pelo menos até 2016, segundo previsões da Organização Mundial do Trabalho (OIT)\n divulgadas nesta segunda-feira. \n \n As estimativas preliminares da organização, incluídas no\n relatório Tendências Mundiais do Emprego 2014, indicam que a taxa de desemprego\n global atingiu 6% da população economicamente ativa mundial no ano passado, se\n mantendo estável em relação a 2012.\n \n No Brasil, a OIT acredita que a taxa de desemprego atingiu 6,7%\n em 2013, cairá levemente neste ano para 6,6%, e chegará a 6,5% em 2015 e também\n em 2016. Já o índice global de desemprego deverá ser em média de 6,1% entre\n 2014 e 2016, nas previsões da organização. \n \n Caso a projeção da OIT se confirme, o Brasil será o único país\n entre os integrantes do Bric (grupo formado por Brasil China, Índia e Rússia) a\n ter taxas de desemprego acima da média mundial pelos próximos dois anos. Na\n China, o índice deve totalizar 4,6% em 2013 (e 4,7% neste ano). Na Índia, a\n taxa preliminar estimada é de 3,7% no ano passado (e de 3,8% em 2014), e, na\n Rússia, segundo os cálculos da OIT, o desemprego afetou 5,8% da população ativa\n em 2013.\n \n #8203;Jovens
\n Segundo os últimos números oficiais disponíveis, da Pesquisa Nacional por\n Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil ficou em\n 7,4% no segundo trimestre de 2013. Até novembro, o desemprego acumulava alta de\n 4,6%. Para este ano e o próximo, o FMI já havia divulgado estimativas mais\n otimistas do que as da OIT. Para o Fundo Monetário Internacional, o índice deve\n fechar este ano em 5,8% (portanto, abaixo da média global da OIT) e, em 2014,\n em 6% (exatamente a média de 2013).\n \n Por sua vez, consultorias como a LCA e a Tendências prevêem uma\n taxa de desemprego neste ano de no máximo 5,7% neste ano. O estudo da OIT\n afirma que o Brasil possui um alto índice de jovens entre 15 e 29 anos que não\n estudam ou fazem cursos profissionalizantes e, ao mesmo tempo, também não estão\n empregados: 18,4% das pessoas nessa faixa etária. Em todo o mundo, 74,5 milhões\n de jovens com menos de 25 estariam desempregados. A taxa mundial nessa faixa\n etária atingiu 13% no ano passado, mais do que o dobro da média global de 6%,\n que inclui todas as idades.\n \n Segundo a OIT, o número de novos desempregados aumentou em 5\n milhões no mundo no ano passado, totalizando 202 milhões de pessoas sem\n emprego. O leste e o sul da Ásia representam mais de 45% dos novos\n desempregados no mundo em 2013, seguidos pelo África subsaariana e pela Europa.\n Na América Latina, o número de novos desempregados em 2013 ficou pouco abaixo\n de 50 mil, o que representa apenas cerca de 1% da alta mundial.Déficit mundial
"A fraca retomada \n econômica mundial não suscitou a melhora dos mercados de trabalho. O \n crescimento do emprego permanece fraco e o desemprego continua \n aumentando, sobretudo entre os jovens", diz o relatório. "Vários setores\n registraram lucros, mas eles foram investidos nas bolsas e não na \n economia real, prejudicando as perspectivas de emprego no longo prazo", \n afirma a OIT.
Outro aspecto importante destacado pelo relatório é o \n número de quase 23 milhões de pessoas que "abandonaram" o mercado de \n trabalho desde o início da crise financeira mundial, em 2008, \n "desencorajados" pela falta de propostas.\n \n A OIT afirma que o "déficit mundial" de empregos ligado à\n crise continua aumentando desde 2008 e já totalizava, no ano passado, \n 62 milhões (32 milhões de novos desempregados, 23 milhões de \n "desencorajados" que desistiram de procurar um emprego e 7 milhões de \n inativos - que nem chegaram a procurar um trabalho. "Segundo as \n tendências atuais, o desemprego mundial deverá se agravar, ainda que \n progressivamente, e ultrapassar 215 milhões de desempregados em 2018", \n diz o estudo. Ou seja, 13 milhões de novos desempregados nos próximos \n quatro anos.\n \n "Nesse período, cerca de 40 milhões de novos empregos \n vão ser criados a cada ano, o que é inferior aos 42,6 milhões de pessoas\n que deveriam ingressar, anualmente, no mercado de trabalho", afirma a \n OIT.\n \n \n
\n Segundo os últimos números oficiais disponíveis, da Pesquisa Nacional por\n Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil ficou em\n 7,4% no segundo trimestre de 2013. Até novembro, o desemprego acumulava alta de\n 4,6%. Para este ano e o próximo, o FMI já havia divulgado estimativas mais\n otimistas do que as da OIT. Para o Fundo Monetário Internacional, o índice deve\n fechar este ano em 5,8% (portanto, abaixo da média global da OIT) e, em 2014,\n em 6% (exatamente a média de 2013).\n \n Por sua vez, consultorias como a LCA e a Tendências prevêem uma\n taxa de desemprego neste ano de no máximo 5,7% neste ano. O estudo da OIT\n afirma que o Brasil possui um alto índice de jovens entre 15 e 29 anos que não\n estudam ou fazem cursos profissionalizantes e, ao mesmo tempo, também não estão\n empregados: 18,4% das pessoas nessa faixa etária. Em todo o mundo, 74,5 milhões\n de jovens com menos de 25 estariam desempregados. A taxa mundial nessa faixa\n etária atingiu 13% no ano passado, mais do que o dobro da média global de 6%,\n que inclui todas as idades.\n \n Segundo a OIT, o número de novos desempregados aumentou em 5\n milhões no mundo no ano passado, totalizando 202 milhões de pessoas sem\n emprego. O leste e o sul da Ásia representam mais de 45% dos novos\n desempregados no mundo em 2013, seguidos pelo África subsaariana e pela Europa.\n Na América Latina, o número de novos desempregados em 2013 ficou pouco abaixo\n de 50 mil, o que representa apenas cerca de 1% da alta mundial.Déficit mundial
"A fraca retomada \n econômica mundial não suscitou a melhora dos mercados de trabalho. O \n crescimento do emprego permanece fraco e o desemprego continua \n aumentando, sobretudo entre os jovens", diz o relatório. "Vários setores\n registraram lucros, mas eles foram investidos nas bolsas e não na \n economia real, prejudicando as perspectivas de emprego no longo prazo", \n afirma a OIT.
Outro aspecto importante destacado pelo relatório é o \n número de quase 23 milhões de pessoas que "abandonaram" o mercado de \n trabalho desde o início da crise financeira mundial, em 2008, \n "desencorajados" pela falta de propostas.\n \n A OIT afirma que o "déficit mundial" de empregos ligado à\n crise continua aumentando desde 2008 e já totalizava, no ano passado, \n 62 milhões (32 milhões de novos desempregados, 23 milhões de \n "desencorajados" que desistiram de procurar um emprego e 7 milhões de \n inativos - que nem chegaram a procurar um trabalho. "Segundo as \n tendências atuais, o desemprego mundial deverá se agravar, ainda que \n progressivamente, e ultrapassar 215 milhões de desempregados em 2018", \n diz o estudo. Ou seja, 13 milhões de novos desempregados nos próximos \n quatro anos.\n \n "Nesse período, cerca de 40 milhões de novos empregos \n vão ser criados a cada ano, o que é inferior aos 42,6 milhões de pessoas\n que deveriam ingressar, anualmente, no mercado de trabalho", afirma a \n OIT.\n \n \n