Correio do Estado/LD
A cesta básica comercializada em Campo Grande ficou 6,02% mais cara em abril, na comparação com o mês anterior, sendo a maior alta registrada entre as capitais pesquisadas.
De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta sexta-feira (7), em 12 meses a cesta acumula variação de 18,27%.
Já nos quatro primeiros meses deste ano, o kit de 13 alimentos que compõe a cesta soma alta de 1,70%.
Esta é a segunda alta consecutiva no preço da cesta, que chegou a registrar a maior deflação do País em fevereiro.
O valor da cesta básica fechou abril no valor de R$ 586,26 em Campo Grande, sendo R$ 3,32 mais cara do que o preço registrado em março, que foi de R$ 552,99.
O aumento foi puxado pela alta no preço do tomate, que ficou 12,90% mais caro, com preço médio de R$ 4,20 o quilo.
Segundo o Dieese, a oferta do tomate foi menor, devido ao clima mais chuvoso e desaceleração da safra, o que impactou no bolso do consumidor.
O café em pó também teve aumento expressivo, de 11,62%, sendo reflexo da menor oferta do grão e da negação de vendas futuras a preços altos. A elevação na Capital foi a maior do País.
Também ficaram mais caros ao campo-grandense o feijão carioquinha (8,97), manteiga (8,82%), pão francês (7,58%), batata (6,61%), açúcar cristal (6,11%), carne bovina (5,92%), farinha de trigo (5,57%), óleo de soja (5,52%), banana (1,34%) e leite de caixinha (0,89%).
Apenas um produto da cesta básica teve queda no preço em Campo Grande, sendo o arroz, com retração de -2,71%.
O cereal já foi o vilão do prato feito, chegando a acumular alta de 60% no último ano.
Para comprar o conjunto de alimentos que compõe a cesta, trabalhador precisou comprometer 57,62% do salário mínimo, que é de R$ 1.100,00, aumento de 3,27% em relação à março.
Um trabalhador que recebe um salário mínimo precisa trabalhar 117 horas e 15 minutos por mês apenas para comprar uma cesta básica.
A cesta básica familiar, com itens que podem suprir uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, apresentou custo de R$ 1.758,78, R$ 9,91 mais cara que omês anterior.
Em reais, a cesta básica de Campo Grande é a sétima mais cara entre as 17 capitais onde os preços são analisados.