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Economia
05/01/2012 09:00:00
Cesta básica sobe em 16 capitais
O conjunto dos itens essenciais à mesa do brasileiro foi reajustado acima de 10% ao longo do ano passado em três das 17 capitais onde é feita a Pesquisa Nacional da Cesta Básica pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Agência Brasil/LD

\n \n O\n conjunto dos itens essenciais à mesa do brasileiro foi reajustado acima de 10%\n ao longo do ano passado em três das 17 capitais onde é feita a Pesquisa\n Nacional da Cesta Básica pelo Departamento Intersindical de Estatística e\n Estudos Socioeconômicos (Dieese). A maior alta ocorreu em Vitória (13,8%) com o\n valor de R$ 275,39, em dezembro de 2011. A segunda maior elevação foi constatada em Belo Horizonte\n (11,75%) onde a cesta básica custava R$ 264,01, seguido por Florianópolis com\n alta de 10,2% e valor de R$ 262,44 no último mês de dezembro.\n \n Ao\n longo do ano, a cesta básica ficou mais cara em 16 das 17 capitais pesquisadas.\n A única exceção foi registrada em Natal onde houve queda de 3,38%, com o valor\n passando para R$ 212,36.\n \n Na\n comparação com novembro, o valor da cesta básica no último mês do ano diminuiu\n em cinco localidades: Florianópolis (-2,28%); Curitiba (-1,80%), Porto alegre\n (-0,99%); Manaus (-0,98%) e Brasília (-0,50%). Entre as 12 capitais em alta as\n mais expressivas foram: Goiânia (5,58%); Vitória (4,35%) e Fortaleza (4,25%).\n \n Com\n base no maior valor apurado, em dezembro, o Dieese estimou que o salário mínimo\n ideal para o trabalhador suprir as necessidades básicas da família deveria\n atingir R$ 2.329,35 – 4,27 vezes o mínimo em vigor R$ 545. Em dezembro de 2010, o cálculo\n indicava um mínimo ideal de R$ 2.227,53 – o que representava 4,37 vezes o piso\n daquela época (R$ 510).\n \n Entre\n os produtos em alta nas 17 capitais ao longo de 2011 estão o café e o óleo de\n soja. O Dieese justificou a elevação do café como consequência da longa\n estiagem que prejudicou a flora e implicou em atraso na colheita do grão no\n mercado interno. Paralelamente, houve quebra da safra no Vietnã e aumento da\n demanda nos países asiáticos, pressionando a cotação no mercado internacional.\n \n Já\n no caso do óleo de soja, estoques reduzidos, quebra de safra e consumo elevado\n na Índia e China provocaram alta do produto. A carne bovina e o pão francês\n subiram de preço em 15 localidades. Em relação à carne, o período favorece os\n reajustes já que este produto tem maior consumo durante as festas de final de\n ano. Além disso, a longa estiagem, no ano passado, reduziu a oferta de pasto e\n isso afetou a engorda do gado.\n \n Também\n por causa da seca, o Brasil colheu menos trigo, no ano passado. O país que já é\n dependente da produção externa deste item teve de aumentar as importações,\n onerando o custo das massas em geral que inclui o pão francês.\n \n Em\n sentido oposto, caiu a cotação do arroz e do feijão entre 16 capitais no\n acumulado do ano. Na passagem de novembro para dezembro, o valor subiu em 15\n localidades no caso do feijão e em 11, do arroz. O fato de ter ciclos mais\n curtos de produção com três safras, a oferta foi melhor do que nos demais\n produtos agrícolas da cesta.\n \n \n \n