Economia
29/10/2013 09:00:00
CNI defende investimento em infra-estrutura para melhorar escoamento da produção no Centro-Oeste
Segundo Andrade, existem carências e oportunidades de investimento nos diversos modos de transporte, especialmente no setor ferroviário.
Agência Brasil/AB
O\n presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade,\n destacou nesta terça-feira (29), ao detalhar o Projeto Centro-Oeste \n Competitivo, que prevê obras infraestruturais até 2020, a necessidade de\n uma rede de transportes integrada e eficiente para facilitar a \n distribuição dos produtos e aumentar a competitividade brasileira. \n Segundo Andrade, existem carências e oportunidades de investimento nos \n diversos modos de transporte, especialmente no setor ferroviário. \n O estudo divulgado pela CNI e pela Confederação da Agricultura e \n Pecuária do Brasil (CNA) indica obras para o Centro-Oeste cuja execução \n poderá gerar economia de R$ 7,2 bilhões anuais no escoamento da produção\n para os mercados interno e externo. De acordo com o projeto, que \n analisou a situação das regiões produtoras do Distrito Federal, de \n Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a execução das obras indicadas \n poderá gerar economia equivalente a R$ 7,2 bilhões no escoamento da \n produção para os mercados interno e externo. \n Conforme dados da CNI, a malha ferroviária brasileira tem apenas 3,5 \n quilômetros de infraestrutura instalada por mil quilômetros quadrados de\n área. No México e na China, ela chega a 9 quilômetos e, nos Estados \n Unidos, a 22,9. Segundo a CNI, a carência do Brasil nesse segmento \n dificulta a adequação do setor produtivo aos padrões de competição no \n mercado internacional. \n Além dos problemas da infraestrutura física, o estudo diz que a falta de\n vias adequadas nos cruzamentos em cidades, rodovias e pontes é um dos \n fatores que impedem maior velocidade média dos trens. O projeto destaca \n ainda a necessidade de conclusão da Ferrovia Norte-Sul e da BR-163 e de \n modernização das hidrovias dos rios Paraguai e Madeira e atenção a \n rodovias da região que estão sendo utilizadas acima de sua capacidade. \n Segundo o estudo, a modernização das hidrovias poderá gerar economia \n anual de R$ 2,3 bilhões. \n Robson Andrade enfatizou que a implantação de um sistema de \n infraestrutura logística integrando todos os modos de transporte exige \n planejamento cuidadoso e disse que "a indústria pode e quer participar" \n desse esforço. "Investimentos em transportes exigem longos períodos de \n tramitação nos órgãos do governo e de construção. Por isso, os projetos \n precisam ser bem estruturados com antecedência de 20 a 30 anos. \n O estudo diz que o setor produtivo da região (indústria, agricultura e \n atividades extrativas) gasta R$ 31,6 bilhões por ano com o transporte de\n cargas, o equivalente a 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do \n Centro-Oeste. A execução dos projetos prioritários para a construção de \n uma malha logística eficiente trará uma economia anual de R$ 7,2 bilhões\n no escoamento da produção, considerando-se o volume de cargas projetado\n para 2020. \n Com previsão de investimentos de R$ 36,4 bilhões em 106 projetos \n prioritários até 2020, o projeto tem como objetivo desenvolver a \n infraestrutura de transportes do Centro-Oeste (estradas, ferrovias e \n hidrovias) para escoamento dos produtos da região. O projeto envolve o \n mapeamento da atual infraestrutura e a implantação de uma nova rede. O \n estudo identificou 15 cadeias produtivas e a necessidade de 308 obras de\n modernização e ampliação, a um custo aproximado de R$ 159 bilhões até \n 2020, entre elas as 106 consideradas prioritárias. \n Entre os projetos prioritários, 48% dos recursos previstos são \n destinados a ferrovias; 23% a portos; 18% a hidrovias e 10% a rodovias. \n De acordo com a CNI, a execução das obras prioritárias poderá reduzir em\n 11,8% nas perdas totais causadas pela precariedade da infraestrutura de\n transportes, com economia equivalente a R$ 7,2 bilhões no escoamento \n para os mercados interno e externo, considerando-se o volume de cargas \n projetado para 2020. Atualmente, segundo dados da pesquisa, o setor \n produtivo do Centro-Oeste gasta R$ 60,9 bilhões por ano com o transporte\n de cargas, o equivalente a 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) da \n região.