Correio do Estado/PCS
Os reajustes da tarifa explicam, apenas em parte, o porquê de a fatura de energia estar muito mais cara neste ano.
Apenas a carga tributária incidente sobre a conta de luz aumentou 57,09%, se considerado um consumo médio de 220 quilowatt-hora (kWh), em Mato Grosso do Sul. Os tributos, associados ao sistema de bandeira, fizeram com que o montante adicional na fatura dobrasse desde o fim do ano passado.
A participação desses itens corresponde, atualmente, a 35% da conta. Em dezembro, os impostos representavam 26%. Na ponta do lápis, de cada R$ 100 da fatura, o consumidor sul-mato-grossense pagava R$ 26 em tributos no fim de 2014; agora, desembolsa, dos mesmos R$ 100, R$ 35 de imposto e de acréscimo da bandeira.
Neste ano, a tarifa de energia foi elevada duas vezes. Em fevereiro, houve a revisão extraordinária, com aumento médio para o consumidor de baixa tensão (como residências) de 23,4% e de média e alta tensão (como indústrias), de 31,27%.
Essas altas decorreram de custos relativos à compra de energia e à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Em abril, foi aplicado o reajuste anual, com efeito médio à baixa tensão de 3,02% e à média e alta tensão, de 3,64%. Somados, esses aumentos foram, na média, de 30%.