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Economia
17/08/2016 17:01:00
De cada 3 campo-grandenses, 2 reduziram o volume de compras

G1/AB

De cada três moradores de Campo Grande, dois reduziram o volume de compras da família em razão da crise econômica do país. É o que aponta o indicador “Intenção de Compras das Famílias” (ICF), divulgado nesta quarta-feira (17), pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul (Fecomércio-MS), com base em dados de pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo o levantamento, que foi realizado nos últimos dez dias de julho, com 500 famílias da cidade, 68% dos entrevistados, o equivalente a mais de dois terços, disseram que estão comprando menos em relação ao mesmo período do ano passado. Outros 22,9% relataram que estão mantendo o mesmo patamar de aquisições, 8,6% que aumentaram e 0,5% não responderam a pergunta.

Além de mostrar que as famílias da cidade estão consumindo menos, a pesquisa identificou ainda uma perspectiva pessimista para os próximos meses, 63,9% dos participantes revelaram que o consumo da família e da população em geral deve ser entre julho e dezembro deste ano menor que no segundo semestre do ano passado. Somente 8,1% espera que ocorra um incremento.

Reitera essa perspectiva negativa a avaliação que os entrevistados fazem do momento para a aquisição dos chamados bens duráveis, como eletrodomésticos, TV e aparelho de som, entre outros. Do total de pessoas que responderam a pesquisa, 74,9% afirmaram que é um “mau” momento e apenas 12,1% que é um período “bom”.

Na avaliação do presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, a insegurança quanto ao emprego é um dos fatores que acabam influenciando diretamente na disposição para as compras. “Neste mês, 30,9% apontaram que se sentem menos seguros que em igual período do ano passado e 14,8% mencionam estar desempregados”, comenta.

Reforçam a análise de Araújo outros dados do levantamento. A pesquisa apontou, por exemplo, que 44,4% dos entrevistados não alimentam perspectivas de evolução profissional nos próximos seis meses, frente a 39,3% que se mantém otimistas. Sobre a situação da renda atual, 41% dizem ter piorado; para 13,5% houve melhoras e 44,8% apontam estagnação.