Economia
17/04/2013 07:40:16
De olho na inflação e no PIB, Copom pode subir juro pela 1ª vez desde 2011
Em meio ao risco de aumento da inflação e à necessidade de manter a economia aquecida para combater os efeitos da crise internacional, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central volta a se reunir nesta quarta-feira (17) para decidir a nova taxa básica de juros do país, a chamada Selic,
G1/LD
\n \n Em\n meio ao risco de aumento da inflação e à necessidade de manter a economia\n aquecida para combater os efeitos da crise internacional, o Comitê de Política\n Monetária (Copom) do Banco Central volta a se reunir nesta quarta-feira (17)\n para decidir a nova taxa básica de juros do país, a chamada Selic, que hoje\n está fixada em 7,25% ao ano.\n \n A\n mais recente pesquisa feita com agentes do mercado financeiro, divulgada na\n segunda-feira (15) no relatório Focus, aponta para a expectativa de que o Copom\n promova nesta quarta a primeira elevação na Selic desde 2011, quando a\n autoridade monetária deu início ao processo de redução que levou a taxa de\n juros ao seu menor patamar histórico.\n \n O\n aumento seria uma tentativa do Banco Central de conter a inflação no país a\n alta dos juros acaba por deixar o crédito mais caro e desestimula as pessoas a\n consumirem, o que pode gerar queda de preços.
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\n Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)\n divulgou que o IPCA acumula alta de 6,59% em 12 meses até março, acima do teto\n da meta de inflação estabelecida pelo BC. A última vez em que o índice superou\n a meta foi em dezembro de 2011, quando atingiu 6,64%. Nesta terça (16), durante\n visita a Belo Horizonte, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo não\n terá o menor problema em atacar a inflação sistematicamente. Ela apontou,\n porém, que se houver necessidade de elevar os juros para combatê-la, isso seria\n feito em patamar bem menor que o realizado em anos anteriores, sinalizando\n que não há possibilidade de grandes mexidas na Selic para frear a alta dos\n preços.\n \n No\n dia anterior, porém, Dilma havia afirmado, durante discurso em São Paulo, que a\n inflação no Brasil está sob controle e avaliou que a tendência é que diminua ao\n longo deste ano, assim como ocorreu em março, que teve inflação de 0,47%, ante\n de 0,60% registrado em fevereiro.
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\n Dúvidas sobre o PIB
\n O coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV)\n em São Paulo, William Eid, aponta que, se por um lado se preocupa com a\n inflação, do outro o governo está pressionado a manter medidas para que a\n economia reaja e cresça em um ambiente de crise.
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\n Por conta disso, ela avalia que o mais provável é que o Copom mantenha a taxa\n de juros inalterada em 7,25% na reunião desta quarta, justamente para não\n prejudicar o crescimento da economia brasileira, que já caminha a passos lentos\n o aumento do PIB em 2012 foi de 0,9%.
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\n Se o BC aumenta a taxa de juros, é para reduzir consumo. Num momento em que se\n está morrendo de medo de a economia não crescer neste ano, essa alta pode ser o\n tiro final, disse Eid.
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\n Acho que, nesse momento, o Copom não vai mexer na taxa de juros. Vão ponderar\n essa questão do crescimento e optar por olhar mais um pouco, ver como a\n economia se comporta e se haverá uma reação, completou ele.\n \n \n \n \n
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\n Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)\n divulgou que o IPCA acumula alta de 6,59% em 12 meses até março, acima do teto\n da meta de inflação estabelecida pelo BC. A última vez em que o índice superou\n a meta foi em dezembro de 2011, quando atingiu 6,64%. Nesta terça (16), durante\n visita a Belo Horizonte, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo não\n terá o menor problema em atacar a inflação sistematicamente. Ela apontou,\n porém, que se houver necessidade de elevar os juros para combatê-la, isso seria\n feito em patamar bem menor que o realizado em anos anteriores, sinalizando\n que não há possibilidade de grandes mexidas na Selic para frear a alta dos\n preços.\n \n No\n dia anterior, porém, Dilma havia afirmado, durante discurso em São Paulo, que a\n inflação no Brasil está sob controle e avaliou que a tendência é que diminua ao\n longo deste ano, assim como ocorreu em março, que teve inflação de 0,47%, ante\n de 0,60% registrado em fevereiro.
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\n Dúvidas sobre o PIB
\n O coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV)\n em São Paulo, William Eid, aponta que, se por um lado se preocupa com a\n inflação, do outro o governo está pressionado a manter medidas para que a\n economia reaja e cresça em um ambiente de crise.
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\n Por conta disso, ela avalia que o mais provável é que o Copom mantenha a taxa\n de juros inalterada em 7,25% na reunião desta quarta, justamente para não\n prejudicar o crescimento da economia brasileira, que já caminha a passos lentos\n o aumento do PIB em 2012 foi de 0,9%.
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\n Se o BC aumenta a taxa de juros, é para reduzir consumo. Num momento em que se\n está morrendo de medo de a economia não crescer neste ano, essa alta pode ser o\n tiro final, disse Eid.
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\n Acho que, nesse momento, o Copom não vai mexer na taxa de juros. Vão ponderar\n essa questão do crescimento e optar por olhar mais um pouco, ver como a\n economia se comporta e se haverá uma reação, completou ele.\n \n \n \n \n