\n \n As medidas anunciadas pelo governo para estimular o setor\n sucroalcooleiro pretendem "reforçar o etanol" e não há compromisso de\n redução imediata no preço do combustível para o consumidor, informa a\n presidente Dilma Rousseff. \n \n "Não creio que seja uma decisão que eu possa tomar aqui. Eu\n chego e digo aqui para vocês: “Olha, o preço vai ser assim ou assado”. Tem de\n ver como está o mercado. Eu não tenho como adiantar para vocês", afirmou a\n presidente, em entrevista no Planalto, nesta terça-feira, 23, ao ser\n questionada se o preço do etanol cairia com as medidas. \n \n Dilma citou que o governo vai aumentar o porcentual de mistura de\n álcool anidro à gasolina, de 20% para 25%, lembrando que isso é possível porque\n a produção de etanol aumentou. "Esse é um mecanismo muito tranquilo de\n regulação. Quando aumenta a produção, você consome mais." \n \n De acordo com a presidente, o que importa é o consumidor ter a\n opção de encher o tanque do seu carro com gasolina ou etanol. Diante da\n insistência dos jornalistas se haveria redução de preço na bomba, a presidente\n respondeu: "Às vezes o preço compensa e às vezes não compensa. O fato de\n ser flexível é que justifica, hoje, nós termos dado um passo na direção da\n estabilidade desse setor". \n \n Dilma mencionou ainda que, nos anos 1980, se usava mais o carro a\n álcool e hoje, prosseguiu, através de uma tecnologia, que é o uso do carro flex\n fuel, a pessoa escolhe o que quer e pode botar no seu veículo o que quiser de\n cada um dos combustíveis. "É isso que faz a diferença. Por isso que o\n Brasil tem hoje a possibilidade de ter, e eu acredito que teremos cada vez\n mais, um setor de etanol que vai ter dupla função: produzir para o mercado\n doméstico, mas tem todas as condições também de exportar "\n \n Ao defender o etanol, a presidente falou da produtividade da nossa\n agricultura. "Quando se trata de cana-de-açúcar que vai virar etanol, ela\n é extremamente elevada se comparada com outras fontes. E também as nossas\n usinas, nós temos usinas modernas que são extremamente eficientes. Então, esse\n setor é um setor que veio para ficar e que nós sempre temos de, volta e meia,\n revisitar para ver o que pode ser feito para dar suporte para os nossos\n produtores."