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Economia
27/01/2014 09:00:00
Dólar fecha a R$ 2,42 e tem maior valor desde agosto
Moeda norte-americana subiu 1,17%, a R$ 2,426. Expectativa de BC dos EUA reduzir estímulos puxa compra do dólar.

G1/PCS

\n \n \t O dólar fechou em alta de mais de 1% nesta segunda-feira (27) e \n ultrapassou R$ 2,40. A valorização da moeda ocorre por conta da compra \n de dólares por parte de investidores que buscam se proteger da decisão \n que o banco central dos Estados Unidos irá tomar, nesta semana, sobre o \n futuro do estímulo econômico norte-americano.\n \t Pesou ainda a aversão a risco sobre os mercados emergentes que tem afetado os mercados financeiros nos últimos dias.\n \n \t A moeda norte-americana subiu 1,17%, a R$ 2,426, a maior cotação desde \n 22 de agosto, quando o Banco Central anunciou o programa de intervenções\n diárias no câmbio e o dólar era negociado na casa dos R$ 2,43.Segundo dados da BMamp;F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,4 bilhão. No ano, o dólar acumula alta de 2,91%.\n \n \t "A preocupação do mercado continua sendo se resguardar da decisão do \n Fed. Qualquer vacilo acaba levando o pessoal a se proteger", afirmou à \n Reuters o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.\n \n \t Investidores esperam que o Fed anuncie na quarta-feira mais um corte de\n US$ 10 bilhões no programa de compras mensais de títulos, ante os atuais US$ 75 bilhões, reduzindo ainda mais a oferta global de liquidez.\n \n \t A incerteza em torno do efeito dessa decisão motivou, na semana \n passada, uma onda de mau humor global em relação a mercados emergentes, \n com consequente alta do dólar. Contudo, analistas afirmam que a \n perspectiva de que o Banco Central brasileiro possa intensificar as \n atuações de forma a evitar que o fortalecimento do dólar contamine a \n inflação tende a amortecer esse impacto.\n \n \t BC brasileiro atento
\n \t "O pessoal já sabe que o BC aqui está de olho, principalmente com as \n declarações do Tombini de hoje", afirmou à Reuters o gerente de câmbio \n da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.\n \n Ele se referia às declarações\n do presidente do BC, Alexandre Tombini, em Londres, de que a autoridade\n monetária está trabalhando para combater o repasse do câmbio aos preços. Com isso, há expectativa de que o BC\n vai atuar para evitar que a moeda americana continue subindo e respingando nos\n preços em geral.\n \n A\n constante presença do BC no câmbio tem levado o dólar a operar entre R$ 2,35 e\n R$ 2,40 desde o início do ano (com exceção desta segunda), um nível considerado\n pelo mercado como interessante para ajudar nas exportações brasileiras sem\n pressionar a inflação.\n \n Nesta\n segunda, a autoridade monetária continuou atuando e vendendo a oferta total de\n 4 mil swaps tradicionais - equivalentes à venda futura de dólares - em 2,2 mil\n contratos com vencimento em 1º de setembro e 1,8 mil contratos com vencimento\n em 1º de dezembro deste ano. A operação teve volume equivalente a US$ 197,2\n milhões.\n \n Além\n disso, o BC fez a oitava etapa da rolagem dos swaps que vencem em 3 de\n fevereiro, vendendo a oferta total de 25 mil swaps. Com isso, restam apenas\n cerca de 10% do lote total do mês que vem, equivalente a US$ 11,028 bilhões.\n \n Mesmo\n assim, analistas esperam que o mercado doméstico possa ser afetado pela onda de\n volatilidade que varre os mercados emergentes.\n \n \n