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Economia
08/10/2015 16:31:00
Dólar fecha abaixo de R$ 3,80, com ata do Fed e após TCU rejeitar contas

G1/LD

O dólar começou esta quinta-feira (8) operando em alta, mas virou logo no início dos negócios. À tarde, a moeda dos Estados Unidos ampliou sua queda em relação ao real e chegou a ficar abaixo de R$ 3,80, segundo a Reuters, depois que o Fed, banco central norte-americano, divulgou a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto.

A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 3,7931, em queda de 2,17%. Veja a cotação do dólar hoje. Foi a primeira vez que o dólar fechou abaixo de R$ 3,80 desde 9 de setembro, quando a moeda terminou o dia a R$ 3,7994.

Veja como foi a cotação ao longo do dia

Às 9h10, alta de 0,23%, a R$ 3,886 Às 9h20, queda de 0,65%, a R$ 3,8519 Às 9h30, queda de 0,34%, a R$ 3,8637 Às 9h40, queda de 0,13%, a R$ 3,8719 Às 9h50, queda de 0,06%, a R$ 3,8748 Às 10h10, queda de 0,05%, a R$ 3,8752 Às 10h30, queda de 0,36%, a R$ 3,8633 Às 11h, queda de 0,47%, a R$ 3,859 Às 11h10, queda de 0,36%, a R$ 3,863 Às 11h40, queda de 0,47%, a R$ 3,8589 Às 12h, queda de 1,17%, a R$ 3,8317 Às 12h11, queda de 1,28%, a R$ 3,8272 Às 12h37, queda de 1,24%, a R$ 3,8287 Às 12h56, queda de 1,36%, a R$ 3,8243 Às 13h54, queda de 1,03% a R$ 3,8373 Às 14h20, queda de 1,56% a R$ 3,8165 Às 14h40, queda de 1,46% a R$ 3,8203 Às 15h, queda de 1,41% a R$ 3,8224 Às 15h20, queda de 1,86% a R$ 3,8050 Às 15h40, queda de 1,67% a R$ 3,8122 Às 16h, queda de 1,61% a R$ 3,8148

Foram reforçadas nesta quinta-feira as apostas de que o banco central norte-americano só elevará os juros no ano que vem, o que tende a favorecer mercados emergentes como o Brasil.

A ata da reunião de setembro mostrou que o Fed acredita que a economia estava próxima de justificar aumento de juros em setembro, mas integrantes decidiram que era prudente esperar por evidências de que a desaceleração da economia global não está tirando os EUA dos trilhos.

A perspectiva de manutenção dos juros quase zerados nos EUA sustenta a atratividade de investimentos em países emergentes, que oferecem taxas mais altas.

O mercado de juros futuros norte-americanos aponta que o aperto monetário (ou seja, a alta nos juros no país) só terá início em março que vem, segundo a Reuters.

No Brasil

O mercado avalia a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que rejeitou, nesta quarta (7), as contas do governo da presidente Dilma Rousseff de 2014.

Embora a notícia reforce as incertezas políticas que vêm pressionando o câmbio nas últimas semanas, a rejeição das contas era amplamente esperada pelo mercado. Operadores ouvidos pela Reuters entendem que ainda há muito pela frente caso um processo de impeachment da presidente torne-se possível.

"A decisão do TCU complica as coisas, mas não é garantia de que um pedido de impeachment vai ser acatado", disse à Reuters o chefe da mesa de juros da corretora Icap, Arlindo Sá.

O parecer do TCU será enviado nesta quinta-feira ao Congresso Nacional, que tem a responsabilidade para aprovar ou não as contas do Executivo. A rejeição das contas pelo Legislativo pode dar força a um processo de impeachment contra a presidente por crime de responsabilidade fiscal.

A incerteza política vem afetando os juros e o câmbio intensamente nas últimas semanas. Agentes financeiros temem que a instabilidade provocada pelo eventual afastamento de Dilma assuste investidores estrangeiros e dificulte ainda mais a recuperação da economia brasileira.

Por isso, operadores ouvidos pela Reuters acreditam que, embora a decisão do TCU fosse amplamente esperada, a reação imediata do mercado deve ser negativa. "Vamos sofrer. A interpretação de que a incerteza política está no preço não tem sido respeitada", disse o operador da corretora de um banco nacional.

Mas o mercado não acredita que a notícia deve levar o dólar a retomar a disparada que mostrou no fim do mês passado, quando encostou em R$ 4,25 no intradia e atingiu as máximas históricas.

"Ainda tem muita água até que o impeachment seja uma certeza. Não é [a decisão do TCU] que vai fazer o mercado virar a chave e entrar em desespero", disse à Reuters o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos nacional.

O Banco Central brasileiro deu continuidade nesta manhã ao seu programa diário de interferência no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, o BC já rolou US$ 3,069 bilhões, ou cerca de 30% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.