Economia
28/05/2013 09:00:00
Dólar fecha acima de R$ 2,07 pela primeira vez em 5 meses
O dólar fechou acima de R$ 2,07 pela primeira vez em cinco meses nesta terça-feira (28), após dados positivos dos Estados Unidos sugerirem que o banco central norte-americano poderá diminuir seu programa de estímulo monetário nos próximos meses, reduzindo a liquidez internacional.
G1/LD
\n \n O\n dólar fechou acima de R$ 2,07 pela primeira vez em cinco meses nesta\n terça-feira (28), após dados positivos dos Estados Unidos sugerirem que o banco\n central norte-americano poderá diminuir seu programa de estímulo monetário nos\n próximos meses, reduzindo a liquidez internacional.\n \n A\n moeda norte-americana fechou em alta de 0,87%, para R$ 2,0741 na venda,\n atingindo um patamar de fechamento que não era registrado desde o final de\n dezembro do ano passado.\n \n No\n entanto, analistas destacavam que os investidores seguiam cautelosos antes da\n decisão do Banco Central brasileiro sobre a taxa básica de juros do país,\n devido a dúvidas quanto à intensidade do aperto monetário que deve vir na\n quarta-feira.\n \n "O\n dólar está mais forte no mundo devido à expectativa de diminuição do programa\n de estímulo do Fed (banco central norte-americano)", afirmou o operador de\n um banco nacional, sob condição de anonimato.\n \n "O\n dólar está se ajustando ao que está acontecendo lá fora. O real não acompanhou\n exatamente a piora lá fora porque teve fluxo, então nós podemos dizer que nossa\n moeda está um pouco atrasada em relação a outras", afirmou, referindo-se à\n entrada de recursos externos nos últimos dias.\n \n Confiança do consumidor nos EUA
\n Essa expectativa de menor liquidez mundial ganhou força nesta terça-feira, após\n a confiança do consumidor dos Estados Unidos se fortalecer em maio para o maior\n nível em mais de cinco anos, saltando para 76,2 ante 69 em abril e superando as\n expectativas de economistas, que previam uma leitura de 71.\n \n "É\n um fortalecimento do dólar mundial, porque a economia norte-americana está se\n pondo de pé", disse o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.\n "É um sinal muito consistente a confiança do consumidor ser a maior em\n cinco anos. O consumidor é o grande fator de crescimento dos Estados\n Unidos".\n \n Taxa de juros
\n Mas analistas ponderavam que a cautela antes do Copom segurava uma alta mais\n expressiva do dólar no mercado doméstico. O BC define nesta quarta-feira (30) a\n nova Selic.\n \n "Se\n vier uma alta grande na taxa de juros, isso vai implicar na queda do dólar,\n porque abre a perspectiva de maior entrada de capital externo", afirmou o\n superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.\n \n A\n curva de juros embute majoritariamente uma alta de 0,50 ponto na Selic,\n atualmente em 7,5%. Já o relatório Focus mostrou que economistas de\n instituições financeiras esperam elevação de 0,25 ponto percentual, enquanto\n uma pequena maioria dos economistas consultados pela Reuters espera alta de\n 0,50 ponto.\n \n O\n dólar avançou 2,7% ante o real em maio até o fechamento da última sessão\n devido, principalmente, aos temores em relação ao futuro da política monetária\n dos Estados Unidos.\n \n Embora\n muitos analistas acreditem que o BC poderá intervir no mercado para segurar a\n valorização do dólar e, assim, evitar pressões inflacionárias, a expectativa é\n de que a autoridade monetária primeiro defina os juros básicos antes de\n interferir na taxa de câmbio.\n \n \n \n \n
\n Essa expectativa de menor liquidez mundial ganhou força nesta terça-feira, após\n a confiança do consumidor dos Estados Unidos se fortalecer em maio para o maior\n nível em mais de cinco anos, saltando para 76,2 ante 69 em abril e superando as\n expectativas de economistas, que previam uma leitura de 71.\n \n "É\n um fortalecimento do dólar mundial, porque a economia norte-americana está se\n pondo de pé", disse o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.\n "É um sinal muito consistente a confiança do consumidor ser a maior em\n cinco anos. O consumidor é o grande fator de crescimento dos Estados\n Unidos".\n \n Taxa de juros
\n Mas analistas ponderavam que a cautela antes do Copom segurava uma alta mais\n expressiva do dólar no mercado doméstico. O BC define nesta quarta-feira (30) a\n nova Selic.\n \n "Se\n vier uma alta grande na taxa de juros, isso vai implicar na queda do dólar,\n porque abre a perspectiva de maior entrada de capital externo", afirmou o\n superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.\n \n A\n curva de juros embute majoritariamente uma alta de 0,50 ponto na Selic,\n atualmente em 7,5%. Já o relatório Focus mostrou que economistas de\n instituições financeiras esperam elevação de 0,25 ponto percentual, enquanto\n uma pequena maioria dos economistas consultados pela Reuters espera alta de\n 0,50 ponto.\n \n O\n dólar avançou 2,7% ante o real em maio até o fechamento da última sessão\n devido, principalmente, aos temores em relação ao futuro da política monetária\n dos Estados Unidos.\n \n Embora\n muitos analistas acreditem que o BC poderá intervir no mercado para segurar a\n valorização do dólar e, assim, evitar pressões inflacionárias, a expectativa é\n de que a autoridade monetária primeiro defina os juros básicos antes de\n interferir na taxa de câmbio.\n \n \n \n \n