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Economia
31/10/2013 09:00:00
Dólar fecha em alta e alcança maior valor em mais de um mês
O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (31), no maior valor em mais de um mês e de volta ao nível de R$ 2,23, influenciado por dados que sinalizam fortalecimento da economia dos Estados Unidos e que podem fazer a política de estímulos no país começar a ser retirada ainda neste ano.

G1/LD

\n \t O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (31), no maior valor em mais \n de um mês e de volta ao nível de R$ 2,23, influenciado por dados que \n sinalizam fortalecimento da economia dos Estados Unidos e que podem \n fazer a política de estímulos no país começar a ser retirada ainda neste\n ano.\n \n A\n valorização ocorreu desde o início do dia, e foi alimentada também pela briga\n de investidores para deslocar a taxa de câmbio Ptax para patamares favoráveis a\n suas apostas. Contudo, mesmo após a formação da taxa por volta das 13h, as\n notícias internacionais continuaram dando fôlego à divisa norte-americana,\n disse a Reuters.\n \n A\n moeda americana subiu 1,93%, para R$ 2,2343, próximo da máxima do dia. É a\n primeira vez que o dólar supera R$ 2,23 desde 27 de setembro, quando fechou a\n R$ 2,2575. \n \n No\n mês, o dólar subiu 0,81% e na semana, 2,09%. No ano, a alta da moeda é de\n 9,27%.\n \n "O\n pessoal puxou a cotação na hora da Ptax para tentar fazer um preço um pouco\n para cima. Mas também tem os dados da economia dos EUA, que desencadearam esse\n movimento", afirmou o operador de câmbio da Renascença José Carlos Amado,\n à Reuters.\n \n O\n ritmo de atividade empresarial no Meio-Oeste dos Estados Unidos saltou em\n outubro, superando as expectativas, mostrou nesta quinta-feira relatório do\n Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) de Chicago. A\n medida de negócios do ISM de Chicago subiu para 65,9, ante 55,7 em setembro.\n \n Incertezas
\n Na quarta-feira, o Fed manteve o programa de estímulo à economia\n norte-americana, afirmando que, por enquanto, continuará comprando US$ 85 bilhões\n em títulos ao mês. Alguns integrantes do banco central norte-americano chegaram\n a ressaltar a perspectiva de crescimento mais fraco devido em parte à disputa\n fiscal em Washington que paralisou boa parte do governo por 16 dias neste mês.\n \n Por\n outro lado, o BC dos EUA também destacou sinais de recuperação na maior\n economia do mundo, retirando de sua lista de riscos a referência ao\n "aperto das condições financeiras observado nos últimos meses."\n Alguns investidores interpretaram esta mudança como um sinal de que a redução\n dos estímulos monetários seja possível ainda este ano.\n \n A\n falta de clareza sobre o momento de redução do programa de estímulos do Fed\n deixou investidores "desconfortáveis, provocando um movimento de aversão\n ao risco" que levou muitos a se refugiarem no dólar, disse à Reuters o\n gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.\n \n BC
\n Na manhã desta quinta, o BC deu mais um passo em seu programa de intervenções\n diárias no mercado de câmbio, com a venda de 10 mil contratos com vencimento em\n 2 de junho de 2014. Os contratos com vencimento em 5 de março de 2014, também\n oferecidos pelo BC, não foram vendidos. O volume financeiro equivalente do\n leilão foi de US$ 495,8 milhões.\n \n